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Imagem: Internet |
Uma beleza delicada, quase frágil,
numa fisionomia imponente, algo impotente,
olhos azuis e um sorriso bonito,
sedutor, cauteloso, amável e maroto.
Uma conversa lenta e agitada,
uma noite animada, amada,
desejada.
Uma aproximação lenta, tímida,
cuidadosa, mais madura,
mas não menos insegura de seus
atributos inúteis e outros também úteis.
Um diálogo há anos impensável,
mas agora possível.
A adolescência presente e adultizada
nas verbalizações do que se é,
do que se espera,
do que se faz,
do que ainda não.
Saguão de espera de novos capítulos,
saber quais serão os títulos
e funções, a extensão emocional,
a intimidade buscada e temida.
Mãos macias, belas bacias,
um olhar falante, quero ouvir mais e mais e mais,
para deglutir-te toda em corpo,
mente, espírito, nada à-toa.
Quero ser tido por ti,
quero te ter tida por mim,
quero coragem, quero amor,
quero crescer e fazer crescer,
pelo amor, não a paixão.
E então?