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Imagem: A psique humana |
Metades
nem sempre
se somam,
Quero apenas a paz
de poder ser
o que sou,
ser melhor na medida
e do que posso.
Os julgamentos
Sei meu valor, sei
sei que muito não sei,
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Imagem: A psique humana |
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Imagem: internet |
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Imagem: internet |
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Imagem: internet, manicômio abandonado |
Mente sobre todas as verdades
E das verdades, de pé, resta nenhuma
Guia-se de pé em pulo sem planejar
Leva os filhos a passar fome
Tudo em nome da mentira e da invenção
Leoa apartada do bando
Leva suas crias, as trata bem,
Mas aos outros animais da selva
Destrói a dignidade e a relva
Olha nos olhos e diz insanidades
Joga com a fé própria e com a alheia
Diz conversar com espíritos,
Mas são só as vozes internas, manicômio
Aberto, lotado de esquizofrênicos
Franze o senho, não olha nos olhos
Desvia o olhar das insanidades
E culpa os asturianos, os bestas, os marcianos
Toma uma nave
espacial e se vai
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Imagem: Iemanjá |
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Imagem: internet |
Para cada tremor, um repouso
Para cada contração, relaxamento
Para cada perdição, um achado
Para cada lenha, um machado
Para cada inferno, um céu
Para cada diabo, meu Deus
Para cada anjo, um homem
Para cada homem, um céu
Para cada fala, uma cria
Para cada voz, um tom
Para cada questão, sua resposta
Para cada fim, um então
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Imagem: internet |
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Imagem I.A. |
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Imagem: Maurice-Utrillo |
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Imagem: Internet |
O vazio e o silêncio
Parecem ser o que sempre existiu
Aqui, ali, lá, ontem, hoje, sempre.
A cama vazia é mais convidativa
Que dividida com gargalhadas macabras.
Agora ecoam orações, ainda que silentes;
Agora há confiança na vida, pode-se chamar de deus;
Agora há apreciação do próprio eu,
Da própria liberdade, uso melhor do tempo,
Deixa-se tocar músicas mais refinadas.
Reina um estado de despertar.
É preciso ater-se em não atar-se
A ninguém, a outrem.
Estar em vigilância e confiança
Na vida, no ser, no todo.