A vida é como uma mão que nos conduz por um caminho que é
nosso, só nosso, nos guia, nos orienta, nos acaricia e nos dá experiências,
vivências, prazeres. Tem dias, no entanto, que a mão da vida pousa em nosso
coração e o toma de acolhimento, se fecha, traz à tona lembranças e saudades, e
o mantem nela, mão, aconchegado, mas isso nos dá uma sensação de aperto no
peito. São as lembranças, as saudades, as histórias vividas, os encontros e
desencontros aparentes, a história do nosso crescer, os ganhos e perdas, as
despedidas e os cumprimentos. Ainda que nos sintamos desamparados nesses momentos,
ainda que escorra uma lágrima pelo canto do olho, ou várias lágrimas, a mão da
vida nos ampara e consola, enquanto vamos aprendendo com nosso caminhar. É
então que transborda um sentimento de gratidão pelo vivido e pelo viver. A mão
sai do nosso peito e continua, silenciosa e discretamente, a nos guiar, sempre,
essa mão que é a vida em si.
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