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Imagem: Iemanjá |
Vá lá, repare nela, não tem amigos, não tem amigas, tem apenas colegas de academia, de reza, de cursos que inventa fazer. Vá lá, repare bem nela, veja quanta inconsistência no que conta. Ela nada tem do que diz ter, ela nada fez do que diz ter feito, ela nada faz do que diz fazer, ela é uma mentira, um embuste, um personagem malcriado e mal criado. Vá lá, olhe bem, por trás daquele sorriso e daquele olhar existem duas personalidades, no mínimo. Ela encanta, mas não canta, e no cômputo final, nem canta, nem muito menos encanta. Vai lá chegue bem perto, ouça as predições que ela tem a te dizer os espíritos que falaram com ela, as loucuras que inventa na cabeça semi vazia, os delírios que vão crescente ascensão e gravidade, de invenção e de maldade, de loucura e, ao fim, de total ruptura. Vá lá repare em Iemanjá, e descobre por si só que ela não é rainha nem da água nem de si mesma. Caminha sobre a própria falsidade e cai do salto alto com um falso orgulho do que finge ser, mas nunca foi. Ela é mentira, ela é um engano, ela é o engodo ela é a ressaca que passa difícil. Iemanjá morreu, e morreu afogada na própria piscina rasa como a própria cabeça e as próprias ideias. Essa Iemanjá pequena, de caixa d'água ou de balde, mas nunca de Oceano só podia se afogar em si própria. É finita, acabada, totalmente desmoralizada. Ninguém nela crê, talvez nem ela.