segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Difícil agora

É difícil segurar o grito da tormenta
É difícil estar no olho do furacão
Sentir-se de mãos atadas, tripas furadas
Ver-se meio tudo-fragmento, meio nada

É difícil ver-se indo embora sem ir a lugar algum
Sentir o arroio que não mata a sede
Que não deixa navegar, que encalha, não flui
É difícil caminhar num escuro que não intui

          Agora o passo quer acelerar
          Agora as pernas não respondem
          Agora já nem é agora
          Agora já foi, já não é, já era

8 comentários:

  1. E tudo muda nessa rapidez, é inevitável.
    Um grande bj

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  2. Agora também é futuro...
    Thátis.

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  3. anjo sem nome : o que sentistes para escrever estes versos sei bem como é, algo ão forte que parece vai transbordar de dentro de nossas almas ,sentimos vontade de ir ao nada ,e lá sim gritar bem alto ,para ver se somos regatados ao nosso lugar de origem ,por alguma energia divina ,ao qual nos acalentará a alma ,e poderemos nos sentir em paz ,lindas e profunda suas palavras .

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  4. Era?
    JÁ?!
    Ainda é cedo,
    um rapaz tão novo... desesperança?

    Agora é a hora!

    :o)

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  5. Ivan,
    Muito bonito este poema sofrido entre a passagem do tempo.
    Bjs.

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  6. Difícil, mas tão cheio de emoção e garra e poesia.
    beijos
    BF

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  7. Algumas vezes tudo parece ir contra, remamos contra a maré, os ventos assopram contra... tudo parece dar errado. Mas não podemos desacreditar.
    Tudo é passageiro.

    Beijos

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  8. ah, Ivan, mas a gente respira e vai...porque mesmo que a gente desista e se jogue no chão, a gente não morre aqui não, e o tempo não para.
    então a gente respira e vai...

    beijo, querido!

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