Fotografia: Ivan Bueno |
Sinto a pressão que se acomoda sobre mim
A tortura de momentos e estradas erradas
Posso ter seguido por bifurcações estranhas
Posso ter caído, mas me reergui, retomei
Olhei adiante, me guiei pelas estrelas, pelo
sol
E pelo solo iniciei meu necessário recaminho
Ainda que sozinho, ainda que no escuro
Soube admirar a lua nova, invisível e gentil
Dando espaço à visão de tanto céu a mais
Caminhando fui, estou, vou recaminhando, indo
Onde chegarei é incógnita, onde cairei é
sentença
Não é necessário ter certezas, mas tolerá-las
Nesse recaminho vou, nesse recaminho me faço
Nessa estrada incerta e tortuosa me vejo
Busco, encontro, perco e reencontro de tudo
Um pouco de tudo, um pouco de nada: mundo,
mundo
Um certo recaminho incerto tentando cobrir a
solidão
Um recaminho pra cobrir a interrogação
Recaminho na interrogação jogando areia
Recaminho nas curvas, pulo sobre o ponto
Mas tudo é tão incerto que decidi não ter
certezas
Estou certo disso e da imprecisão que se
precisa
Estou incerto da certeza desse recaminho,
recomeço
Recaminho, redestino, remar remar remar...
Recaminho, redestino, remar remar remar...
↓
ResponderExcluirCuidado com os "descaminhos"...!
:o)
E será que ter certezas não ajuda mesmo? Essa convicção de não ter certezas... Que vida é essa que não é certa? Talvez nem certa para nós, pessoas.
ResponderExcluirBeijos, Thátis
O importante é não parar, que entre caminhos e recaminhos você possa absorver o que o mundo tem pra ensinar, e se conheça cada vez mais . Ja to seguindo seu blog.
ResponderExcluirAbraço