Mimi e Tia Elza / 2006 |
Hoje, dia de mesa cheia, charuto, quibe, feijão árabe, mijadra e tantas conversas, risos e comemorações. Mas a mesa que estaria cheia, hoje está vazia, silenciosa. O vento sopra e balança as folhas de papel. Pode-se ouvir o barulho minúsculo das teclas do notebook, a respiração do cachorro que dorme no chão, da gata deitada no bicama, o cantar de um passarinho numa árvore, a voz de uma criança das redondezas e o silêncio do ar. Ouve-se o céu, ouve-se do céu. Daqui, não o mar, mas seriam belas ondas a entoar seus versos de marola. As nuvens passam esparsas nesse dia ensolarado e rememoramos você, vocês, mães nossas que já foram daqui praí, logo ali, dizem ser. O interfone não vai tocar e nem haverão mesas emendadas pra que todos se sentem. Os corações ainda vibram cheios de amor e batem compassadamente por vocês. Os pássaros cantam felizes e em uníssono aqui, ali, acolá e, é provável, até mesmo aí. Feliz, mãe... feliz, mães. Não se concentrem nas lágrimas que escorrem, mas no amor que se carrega na alma. Feliz dia, feliz dias...
Senti profundamente seu sentir...
ResponderExcluirTexto lindo, texto tocante! Todos nós que temos entes tão infinitamente queridos no Plano Espiritual, sentimos junto com você cada palavra escrita e dita. E o coração aperta a cada visita da saudade. E esta será eterna.
ResponderExcluirE o que nos resta é pedir muita força interior a Deus para que consigamos conviver com este vácuo, este espaço que jamais será preenchido novamente.
Com esperança no coração, sigo meditando nestas doces e tão verdadeiras palavras : "Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós" (Chico Xavier).