Fotografia: Ivan Bueno |
Às vezes emburrece.
Às vezes acalenta,
Às vezes enfurece.
O amor é aquilo que bate
Junto com o coração,
Sem sê-lo e sem selo
De qualidade ou de garantia.
Amor é um não sei quê
Que não é paixão, mas pode contê-la.
Perigoso é confundir-se com ela.
Mingua-se à morte.
Amor é uma busca,
Uma realização não simples.
É necessária,
Patética, bela, quase otária.
Às vezes o amor clareia,
Às vezes escurece.
Às vezes acalenta,
Às vezes enfurece, amor.
Quando o amor emburra,
Vai sem olhar pra trás.
Bate a porta e sai.
Quando emburra, emburrece.
Ai, amor, ama, amor.
Ama e não emburra,
Que de emburrar se destrói,
Mas isso é pedir demais, amor.
E a natureza, representada pelas aves nesta foto, representam " O tal" amor emburrado.
ResponderExcluirPerfeito em sua imperfeição!
Ana Gi