Te sinto na ausência presente
Tua sombra ainda perambula luminosa
E busco teu cheiro num vestido deixado
Num fio de cabelo que ficou
Nas lembranças de cada coisa tocada
Mantida com a égide de uma relíquia
Quase te vejo no nada, em tudo
Quase te toco ao buscar meu toque
Minha vida, minha lida
Tudo meio em vão sem ti
Tudo sem rumo, sem destino, sem planos
Ausência do precioso desejado
Te sinto nos caminhos repetidos
Como uma espiral que vai
Não sei se ascendente ou descendente
E que me levará ao mesmo ponto teu
Não sei se real ou se me iludo de esperança
E assim espero, espero, espero
Estás em cada canto, em cada centro
Estás em tudo onde projeto meu ser
E me confundo contigo ou com o nada
E ando fracamente arrastando as pernas
Ombros caídos, largados, tristes
Alma que não sabe pra aonde ir e espera
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