É como se às vezes o sol se negasse a se pôr, como que preso a um horizonte vertical, sem deixar margem ao descanso.
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
Verve
Cena do filme: Shawshank Redemption, 1994 |
A verve é morta ou sonolenta;
Faz-se ausente na presença constante.
Já não respira;
É catatônica ou esquizoide,
E se mantêm na rigidez
De quem precisa ou quer falar.
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quinta-feira, 14 de setembro de 2017
Entre vivos e mortos...
E com o tempo
foi ficando
mais e mais claro
que eles foram
enterrados vivos
e eu fiquei
morto.
foi ficando
mais e mais claro
que eles foram
enterrados vivos
e eu fiquei
morto.
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quinta-feira, 24 de agosto de 2017
Esperançar
Numa terra distante da praia, acalma as dores à sombra
Com suas sobras e conquistas mal inventariadas
Numa terra seca e só, na companhia apenas de animais
Com suas dores no corpo e musculatura fraca
Tenta respirar menos aflitamente, menos ansiosamente
Numa sombra quente próxima ao sol que brilha
Sente o vento parado ao redor e ouve os passos do cão na folhagem seca
Numa pousada triste e vazia, descansa o corpo só
Retira-se da companhia de ninguém, não abre portas
Deixa-as abertas na esperança da entrada triunfal de deus, que ainda não veio
Com suas sobras e conquistas mal inventariadas
Numa terra seca e só, na companhia apenas de animais
Com suas dores no corpo e musculatura fraca
Tenta respirar menos aflitamente, menos ansiosamente
Numa sombra quente próxima ao sol que brilha
Sente o vento parado ao redor e ouve os passos do cão na folhagem seca
Numa pousada triste e vazia, descansa o corpo só
Retira-se da companhia de ninguém, não abre portas
Deixa-as abertas na esperança da entrada triunfal de deus, que ainda não veio
quinta-feira, 11 de maio de 2017
domingo, 30 de abril de 2017
Quietude
Inquietude que a quietude definitiva trás
Pensamentos, ideias e conjecturas
O temor e a certeza
O horror e a beleza
O caminhar trêmulo, o seguir forte
Certeza de vida e morte
Certeza de que algo é sorte
Mas um tanto maior é construção
Caminhar o caminho errante certeiro
Dentro e fora do próprio canteiro
Acertar o passo, o rumo
Ajeitar a coluna, o prumo
Cheirar as flores, cultivar amores
Olhar o sol, desfrutar a lua
Pensar e pensar e tentar aceitar
A inquietude que essa quietude nos trás
Pensamentos, ideias e conjecturas
O temor e a certeza
O horror e a beleza
O caminhar trêmulo, o seguir forte
Certeza de vida e morte
Certeza de que algo é sorte
Mas um tanto maior é construção
Caminhar o caminho errante certeiro
Dentro e fora do próprio canteiro
Acertar o passo, o rumo
Ajeitar a coluna, o prumo
Cheirar as flores, cultivar amores
Olhar o sol, desfrutar a lua
Pensar e pensar e tentar aceitar
A inquietude que essa quietude nos trás
sábado, 29 de abril de 2017
Te move
Mostra tua face,
deixa vazar a luz que tem aí.
Deixa fluir
o céu e o inferno,
deus e o diabo,
todo o humano que há.
Abre teu sorriso
permita teu choro.
Flui teus gritos
cria novos verbos.
Move teu corpo
te descobre viva,
vai, dança,
vai assim viver.
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quarta-feira, 26 de abril de 2017
Sombra
Imagem: Ronin |
Tapei o sol e não foi com peneira
Porque nesse mundo
Sem eira nem beira
Sombra é praquele que sabe achar
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domingo, 2 de abril de 2017
Vira latas
Sou bicho vira latas
Cão sem raça
De pele curtida
Alma sentida
Cabelo ao vento
E rabo entre as pernas
Olhar que busca
Olho que brilha
Encontro de mim
Onde ser vira latas
É ter raça nenhuma
E ter todas as raças
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sábado, 1 de abril de 2017
De lá
Das ágoras que agora sangro
Das mesmas teias que teço ao tato
Dos mesmos gritos que grito a ecoar
De lá vem a dor e o bálsamo
De lá vem o que é e o que não é
O que deixa ser e o que deixa de ser
De lá vem as entranhas, os humores
Os medos, as coragens, vitórias e rancores
De lá vem a cor e a matiz
De lá vem o som e o silêncio
Parto em busca de estrada a andar
Parar é opção descartada apesar do cansaço
Correr é desnecessário... andar
Para onde vem a ode e o odor
De lá que vem o ódio e o amor
Das mesmas teias que teço ao tato
Dos mesmos gritos que grito a ecoar
De lá vem a dor e o bálsamo
De lá vem o que é e o que não é
O que deixa ser e o que deixa de ser
De lá vem as entranhas, os humores
Os medos, as coragens, vitórias e rancores
De lá vem a cor e a matiz
De lá vem o som e o silêncio
Parto em busca de estrada a andar
Parar é opção descartada apesar do cansaço
Correr é desnecessário... andar
Para onde vem a ode e o odor
De lá que vem o ódio e o amor
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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
sábado, 28 de janeiro de 2017
Ilusão
E o olhar das pessoas, que não sabem ver destroços, pousa onde pensam ver obra inteira, intacta. Ilusão de ótica!
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Sacro...
Sagrado é aquilo que cada um acredita ser verdade, embora não precise ser verdade (e muitas vezes não é). O sagrado é, portanto, via de regra, a mentira confortável e adotada para si.
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
Um quê...
Havia paredes vazias repletas de quadros brancos e um ser
invisível a observá-los com olhar distante. Havia um nada em tudo, um quase
nada em quase tudo, um quê de sei lá como.
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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
É ruim também...
Me choca pensar em pessoas que não se emocionam com a pureza, a simplicidade, a música, a vida assim...
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É ruim...
Acho muito ruim quando as pessoas deixam de ser gente e viram profissões... É triste isso, e tão comum, tão raro gente permanecer gente.
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