sábado, 1 de abril de 2017

De lá

Das ágoras que agora sangro
Das mesmas teias que teço ao tato
Dos mesmos gritos que grito a ecoar

    De lá vem a dor e o bálsamo
    De lá vem o que é e o que não é

O que deixa ser e o que deixa de ser
De lá vem as entranhas, os humores
Os medos, as coragens, vitórias e rancores

    De lá vem a cor e a matiz
    De lá vem o som e o silêncio

Parto em busca de estrada a andar
Parar é opção descartada apesar do cansaço
Correr é desnecessário... andar

    Para onde vem a ode e o odor
    De lá que vem o ódio e o amor

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