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| Imagem criada por I.A. Don(a) Quixote |
Entre o sim e o não,
Me dói o talvez
Que, sem saber se sim,
Correu pro não e se foi.
Se ao menos mostrasse
Um pouco só
De admiração explicitada
Por mim, ó pobre, (me faço dramático!)
Alguma admiração
Por coisas que gosto,
Por algo que ouço,
Crio, toco, leio, penso,
Escrevo e me expresso...
E se ao menos houvesse paz,
Onde parece haver um espírito
Na defensiva, acuado
Pela vida que teve, é claro,
Mas que cultiva viva, e rega
Assim, ataca à toa,
Como se cão traiçoeiro,
Que sentindo-se acuado,
Morde, avança, destroça.
Tudo à ilusão da mente...
Vê inimigos
Onde o que há, mesmo,
São possíveis amigos;
E se fecha em si,
E é tão linda, e nem sabe,
Da beleza que tem, dentro e fora,
Não acredita...
Nem confia, e nem desconfia
Que tem um anjo
Escondido por detrás
Da armadura defensiva,
Da espada a atacar,
Da agressão, que de medo é...
Esse anjo-adormecido.
Não precisava temer nada,
Nem viver atormentada
Por teorias de conspiração,
Dum apocalipse em que crê, virá
E que nem ocorrerá,
A não por criação mental
De uma realidade machucada.
E eu a amava tanto, a queria tanto,
Que me dói a alma,
Que me ensopam de águas os olhos...
Mas aos socos desferidos,
Afastei-me, acuei-me eu
Diante das críticas,
Ironias, agressões,
Explícitas condições de não-convívio
Restritas condicionantes de convívio pouco
Onde se busca a paz, mas
Ancorada em guerra, sem paz.
Uma guerra que, a real,
Já se findou há eras,
Mas mantém-se aí, viva, a lutar
Com seus moinhos de vento
Quisera eu você descesse
De teu cavalo Rocinante,
Se despisse da armadura,
Expusesse a carne sofrida,
Se despedisse de Pança,
E esquecesse a "Dulcineia" que idolatra
Voltasse ao mundo real...
E a mim, seu Sancho da realidade
Que te aguardaria na paz.

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