E quando os fantasmas pareciam se aquietar
Arrombam-me as portas
Espatifam-me a janela
O vento uiva como se ser vivo
Acuo-me de pernas retesadas junto à cabeceira
A cama fica grande demais
O quarto se encolhe
E o uivo é de um lobo feroz
Pensei-me herói, pensei-me livre, pensei, pesei
Grades se apresentaram
Voo se fez difícil
Voz se fez trêmula e falha
Deixei os fantasmas soltos, os uivos altos
Chutei o ar vazio
Cantei uma música alta
Levantei-me e andei
São Paulo - 23:52h
Arrombam-me as portas
Espatifam-me a janela
O vento uiva como se ser vivo
Acuo-me de pernas retesadas junto à cabeceira
A cama fica grande demais
O quarto se encolhe
E o uivo é de um lobo feroz
Pensei-me herói, pensei-me livre, pensei, pesei
Grades se apresentaram
Voo se fez difícil
Voz se fez trêmula e falha
Deixei os fantasmas soltos, os uivos altos
Chutei o ar vazio
Cantei uma música alta
Levantei-me e andei
São Paulo - 23:52h
Belíssimo, Ivan!
ResponderExcluirAchei formidável a sua decisão de deixar os fantasmas soltos, os uivos altos.
Que me sirva de lição...
Enorme abraço
E fez muito bem o poema !!! :)
ResponderExcluirE fez-se dia...parabéns, os ares de São paulo e Paul te revigoraram. E feito tu vou chutar mais o ar vazio.
ResponderExcluirBeijos
Em uma palavra: intenso!
ResponderExcluirAbss!!
Sábia decisão, liberdade até para os fantasmas que nos assombram!
ResponderExcluirbeijos moço!
Às vezes aprendemos com nossos fantasmas e com os uivos de nossos medos... melhor do que viver a vida sem encará-los. Talvez depois disso, as noites sejam mais tranquilas... Belíssimo poema, forte e instigante.
ResponderExcluirTudo bem, meu querido?
Saudades de vc.
Beijokas.
Complementando o que Zélia disse:que sirva de exemplo...
ResponderExcluireu mesmo vivo a fugir dos meus fantasmas!mas hora ou outra o esbarrão é inevitável!ces't la vie....
Como sempre um poema impecável , querido poeta!
Muitos Beijos!
Enfrentar fantasmas deixa as asas leves, por mais peso que estejam em nossas costas, só o fato de não se render já é uma quase vitória.
ResponderExcluirBeijos!
Caro Ivan,
ResponderExcluirSeu texto, como sempre, muito simbólico, íntimo, intenso, falou comigo.
Que linda a sua relação de cumplicidade com as palavras.
Andreia.
Esses encontros nossos com nossas assombrações, na verdade, nos enchem é de coragem... pra viver o medo, pra admitir o medo, pra cantar acima do medo!
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