
Loucura, então, beteu à porta, mas não atendi. Pobre inocência a minha! Loucura não precisa de portas abertas para entrar ou sair ou dominar o que for: as mentes, as corporações, o modus vivendi reinante, a hipocrisia dominante. Ela não invade, é convidada. Passa pelas frestas, atravessa paredes e toma formas mil, formas vis.
Não é aquela loucura vista nos manicômios, tão pouco e mal compreendida, via de regra inofensiva e estereotipada, é a Loucura da vida, do mundo, das sensações das ditas pessoas normais. É uma núvem, uma névoa, um tufão, e em constante mudança. O mundo, assim, vai-se cegando. Delírio! Relações frias, esfriamento global, sufocamento, vendas nos olhos à venda, tudo à venda.
A loucura ora avassaladora , ora necessária. Concreta e sempre a postos para nos atormentar ou nos auxiliar no voo. Antes da entrega devemos encará-la e pensarmos do que somos capazes e ao que estamos dispostos...
ResponderExcluirUm bj, adorei o texto.
louco aquele que não consegue perceber-se louco a tempo de escolher de que loucura deseja sofrer... insanos todos somos... mas que o delírio seja são!
ResponderExcluir"De loucos todos temos um pouco", é um ditado popular. Por vezes é melhor estar louco.
ResponderExcluirBeijo.
É meu amigo, "é uma núven, uma névoa, um tufão, e em constante mudança..."
ResponderExcluirDelírios nos acordando, nos destampando os olhares, e tua prosa poética é um destes despertador de vida, um beijo, que bom te ler!!!
p.s. Hey, está uma correria, mas para semana estarei te encaminhando os livros,ok?
Um beijo amigo e carinhoso!