Na bela paisagem
Em meio ao grande canal
Sucumbem suas súplicas
Esvai-se sua fé
Desaguam suas lágrimas
Pingam nas águas
Fétidas, belas
Na bela paisagem
Num último desespero de clamor
Acendeu velas, orou
Clamou a deus e todos os santos
Ouviu silêncio
Pensou-se surda
Mas era o mutismo dos outros
Limite máximo
Choro em plenitude, se esvaiu
Ao cair das lágrimas
Ao passar das gentes
Indiferentes
Caiu ela também
Como quem queria ser pássaro
Boiou com suas lágrimas, aguada
Desmaiou com o choque
Não voou nem foi passarinho
Não obteve resposta
Desceu correnteza abaixo, só
Junto de coisa estranha ao fim
*
ResponderExcluirMuito bem Ivan!
Gostei!
"Só resta o pulo,
as velas revelam
a falta de luz...
Deus está surdo!"
:o)
Ivan, li teu poema: nossa, imenso nos dois sentidos! Você deu um belo salto!!!
ResponderExcluirAdorei.
Bjus
Tania Contreiras