Será preciso
remover dos porta-retratos
as fotos dos tempos idos,
das pessoas partidas,
dos sonhos desfeitos,
dos reflexos
das dores e das saudades?
Será preciso
remover dos porta-retratos
aqueles que já não somos,
aqueles que já não são,
aqueles que não eram
quem pensávamos no caminhar?
Será preciso
remover dos porta-retratos
as lembranças
tão dolorosamente marcantes,
os retratos de quem
nem sequer fomos, mas éramos,
e tudo mais?
Se assim é,
minhas mesas restam vazias,
minhas paredes sem quadros
que não abstratos,
mas das mentes das gentes,
essas cenas não se vão,
são tortura constante.
remover dos porta-retratos
as fotos dos tempos idos,
das pessoas partidas,
dos sonhos desfeitos,
dos reflexos
das dores e das saudades?
Será preciso
remover dos porta-retratos
aqueles que já não somos,
aqueles que já não são,
aqueles que não eram
quem pensávamos no caminhar?
Será preciso
remover dos porta-retratos
as lembranças
tão dolorosamente marcantes,
os retratos de quem
nem sequer fomos, mas éramos,
e tudo mais?
Se assim é,
minhas mesas restam vazias,
minhas paredes sem quadros
que não abstratos,
mas das mentes das gentes,
essas cenas não se vão,
são tortura constante.
Retratos são sempre abstratos, mas o substrato de tudo fica em nós.
ResponderExcluirBeijos.
↓
ResponderExcluirAbra a "porta" e saia da moldura!
Retr...atos!
:o)