Como uma boa covarde que se faz de forte mas foge dos reais sentimentos da vida, correu do sentimento de afeição, de amor, enfiou o rabo no meio das pernas e fugiu aterrorizada, esquecendo-se apenas de que era uma escorpiana. Ferroou a si mesma, perdendo assim a própria vida, por covardia travestida de coragem. Foi assim que sempre viveu, fingindo-se só coragem e chorando de medo.
Nessas pancadas insistentes desse martelo pesado, nunca houve pausa no ritmo, no peso, na força, na carga, no castigo que dá. O prego, já enfiado na madeira, e continuou batendo. A madeira começou a trincar, a ceder, e o objetivo de tudo ficou sem resposta. Mas o martelo não parou jamais. Quem o empunha não tem noção do que faz.