Ás vezes me sinto tão cru! Não sei o que é melhor, se isto ou estar com a batata assando. Os dizeres populares traduzem tão mal a intenção na literalidade das palavras. Afinal, batata assada é algo gostoso. Sentir-se cru, é ótimo. Quem quer ser cozido, assado ou frito? Já estar frito é uma boa expressão e uma péssima realidade. Entrar pelo cano, também não deve ser bom, nem literal nem metaforicamente. Tirar o cavalinho da chuva, também é bom, pois evita que ele pegue um resfriado e não nos sirva depois, além do gesto altruísta com o eqüino. Colocar as barbas de molho... não sei, pois nunca usei barba. Talvez seja bom no calor, mas, ah, no calor é bom se colocar todo de molho numa água fresca, não só uma parte do corpo. Estar com uma pulga atrás da orelha, deve ser ruim, mas deve atrapalhar a pensar e refletir, e é tudo que quem está se sentindo assim faz: refletir, pensar, fazer conjecturas. Colocar o carro na frente dos bois, realmente não é bom, a não ser que se queira descansar, pois os bois param e o carro de boi para com aquele barulho irritante das rodas. Bater as botas, ninguém quer, a não ser que seja pra tirar lama que esteja grudada. E o que isto de bater as botas tem a ver com morrer? Nada. Quem bate as botas está é bem vivo e limpando as já referidas. Cair o queixo, expressão perfeita. Uma mulher bonita passa e a boca se abre pelo relaxamento instantâneo do maxilar inferior. O queixo não cai, mas tem lógica. Correr atrás do prejuízo, é péssimo. A gente tem que correr é atrás do lucro e fugir do prejuízo. Tirar as minhocas da cabeça. Tai, foram elas que me levaram a produzir este texto tão enriquecedor. Se for tirá-las, tiro logo também os grilos, que de nada me servem, e deixo a cachola livre pra desenvolver boas idéias. Depois uso as minhocas pra uma pescaria, mando os grilos pra algum chinês, que os comerá em espetinhos, e escrevo mais.
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