Peso... o peso da sombra, o peso de uma presença no inconsciente, o peso de uma morte, a sombra de um fantasma. A paralisia, a anacronia, a ironia, o medo, o terror, a irritação.
O azul do céu, o verde predominante da vegetação mais as múltiplas cores da natureza, o canto colorido dos animais, a beleza do canto dos pássaros, a delícia de um vento fresco, o brilho de um raio de sol, a delícia de uma sinfonia de Mozart, Beethoven ou outros gênios, o encanto de um diálogo que flui, tudo transmutado em cor.
De repente, uma lata de tinta cinza verte sobre tudo isto e cobre tudo, seca e prolonga seu efeito por anos a fio. Tentativas de remoção são feitas com resultados, mas parciais. Ainda há a predominância do cinza a cobrir as cores, ocultas ou semi-ocultas. Vai-se removendo a tinta, vai-se cansando da espera, vai-se cansando da monocromia.
Dos céus, nuvens cinzas encobrem o olhar magnânimo, real ou imaginário, e encobrem, também, o azul do céu, os raios suaves do sol.
Cinza que predomina, dores que adormecem, sons que se calam... Vida, lata de tinta vertida pela vida. De quem é a lata? Quem tem um melhor solvente?
Nenhum comentário:
Postar um comentário