domingo, 26 de setembro de 2010

Noite

          Registro tardio:
          Ao arrumar toneladas de papéis e pastas e certificados e sei lá mais quê, me deparei com alguns escritos antigos, alguns no verso de cartões de visita, alguns em guardanapos, outros em folhas em branco. Aqui os deixo registrados, ainda que alguns me pareçam de qualidade duvidosa. Este foi escrito em 20/01/2004 às 23:10h.

A noite é uma criança...
Não!
A noite é um adulto com insônia
Louco pra viver,
Se encontrar
E encontrar.
Viver o encontro
Sem o sono infantil,
Sem dormir cedo,
Sem pudor
E com prazer

8 comentários:

  1. Um dia eu aida organizo minha papelada... parece-me que gosto dessa minha desorganização profunda em que vivo sempre perdida e tudo encontro...
    Agora, sobre rascunhos... eu trato de dar cabo com todos meus escritos... sempre chega a época de acabar com tudo, sem pestanejar. Além do mais, são todos de talento mais que duvidoso, que chega a não deixar dúvida...

    Eu gostei desse seu texto, em especial porque sou uma insone... não sei se adulta, ou crianças... Mas sempre com insônia.
    Foi muito criativo!

    Um beijo de carinho,

    Álly.

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  2. Ah, Ivan... viver a noite, o dia, a vida com muito prazer... temos direito, não temos? E por quê não o fazemos? Medo? Ou porque não sabemos exatamente que tipo de prazer nos dá prazer? Até pra ter prazer é preciso se conhecer profundadmente...
    Poste tudo que encontrou, Ivan... retoque-os talvez, para adaptá-los ao teu atual momento, mas publique-os... poesia na gaveta, é amor que não se declara... morre solitário e triste.
    Beijokas e uma linda semana.

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  3. Na noite amanheço,
    no dia adormeço...
    da noite insone esqueço!

    :):

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  4. Adoro encontrar textos em papéis inesperados... vez em quando encontramos pequenos tesouros, como seu poema.

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  5. Que legal Ivan... abriu sua Canastrinha p gente...kkkkkkkkkkkk...
    Brincadeira...
    Bom dar de cara com os nossos tesouros.. não é mesmo?
    Bom mesmo é esse seu poema adulto! belo achado...
    Beeeeeeeeeeijo!

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  6. Ivan, conforme comentei lá no FB, eu sempre tive o hábito de escrever nos locais ou situações mais inusitados...
    Guardo comigo, alguns desses escritos que , por vezes, no momento em que os escrevo, não gosto muito...parece-me até coisa de quem não tinha o que fazer ou por puro tédio! Tempos depois , quando os encontro, surpreendo-me com a profundidade e a intensiddae dos sentimentos expostos! A operação, pelo visto é inversa da sua...rsrsrsr Um abraço.

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  7. Perfeito!
    Ainda bem que a criança cresceu!
    Beijos!

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