terça-feira, 21 de setembro de 2010

A vasculhar

Não quero a idolatria da hipocrisia
Que me olha e não se vê
Nem mesmo meu espelho reflete
O que sou, o que desejo
O anseio, o desespero

Meus olhos imergem em mim mesmo
Afogam-se em minh'alma
Náufraga de sucessivos atos
Mar profundo e bravio
Emergir é necessário

Submarino ser, sem objetivo e meta
Se mete nas profundezas
Vasculha locais profundos demais
Encontra o desconhecido
Descobre-se temido

6 comentários:

  1. Amei a imagem...
    O poema é um pouco mais profundo...acho que esta é mesmo uma expedição sem fim!
    Beijo!

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  2. Submarino ser, indica a viagem, a expedição.

    Um beijo, Ivan.

    Hey, e estás de mal comigo? Faz tempo que não deixas rastros lá em Vidráguas?

    Carmen Silvia Presotto

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  3. Ivan,

    Lendo teu poema, recordei de palavras de um poeta conterrâneo, destas terras vermelhas de Goias.

    Diz assim: "Tirar as idéias do porto seguro e lançá-las em barquinhos de papel para navegarem em enxurradas de ações."

    Beijos

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