terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Não coma!

Meus olhos brilham, sim
É que em meio opaco é difícil distinguir
É como que o brilho de uma estrela distante
É preciso identificar, localizar
Saber reconhecer, concentrar, ver
Senão parece apatia, um ponto qualquer
Perdido, meio alheio, linear

Minha alma pulsa, sim
Mas pulsa fraco diante do que se passa
Não é falta de intensidade da alma, é instante
De coisa que vai e vem e faz oscilar
É coisa de humano que se faz humano
Sem medo de ter medo e dizer que tem
Isso exige uma dose extra de coragem

Não sou teatro, nem sou pouco
Se tudo o que ofereço é pouco, não sou eu
Busque outra fonte de alimentação
Talvez eu seja dietético, saudável
Talvez nem isso nem aquilo, apenas eu
Se é pouco, não sou eu seu banquete,
Não coma, não estou em coma, sou carne viva

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