domingo, 27 de dezembro de 2009

Frutos Verdes Suculentos

Há instantes em que o tempo para
E para o tempo, o instante é nada
Como nada no tempo é de fato
Tempo, momento, agora ou depois.
Corrijo-me:
Tudo o que há é o agora.
Mas o tempo é quimera!
Quem dera poder mais
E tanger a realidade
Filtrando do todo a maldade...
Isto sim é que era bom, mesmo!,
Mas passa longe da verdade.
Instantes, momentos, intentos, rebentos...
Há tempos em que nada é tudo
E tudo é um estranho nada
Por viver, já vivido, um porvir.
E diz Cazuza que o tempo não para,
E digo eu, às vezes, que o tempo não anda (é impaciência),
E noutros anda depressa demais (é retardo).
Viver é tentar se equilibrar nesta corda
Que é tênue, que é bamba, que á fraca,
E daí, tudo na vida empata
Como pata de elefante de circo,
Como pescoço de Tiradentes na execução.
A vida é arte e é tortura,
E é preciso alguma tontura
Para os instantes em que o tempo para...
Pare, pense, não siga sem refletir!
Mas também não reflita demais, senão morre!
Viva!... A vida dá frutos verdes suculentos.

Escrito em: 26/12/2009 (23:50h) lá na reunião da casa do Olympio e da Tati, que foi bem bacana e regada a uma linguiça assada em um molho agridoce; um frango assado com catupiry e batata palha, vinho, whisky, água e H2OH.

Para pagar merchandising por favor entrar em contato aqui mesmo no blog, senão paro de divulgar e fico só a divagar.

7 comentários:

  1. Bom, eu não comi essa linguiça e hoje é a segunda vez que ouço falar delas. Alguém vai ter que fazer pra mim! E essas uvas aí em cima, parecem tão suculentas... (rsrsrs). Arte sua, ficou ótima?

    Uma curiosidade, por que você segue duplamente,já notou?

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  2. "horas que morrem passando/ conquanto vivam de ir passando" (testamento, afonso félix de sousa)
    o tempo me intriga tanto. o tempo passou? o tempo ficou dentro da gente? passou e ficou? enfim, eu só acredito na vida a varejo. feito montar o quebra-cabeças do luca, o encontro na casa do olímpio, o passeio na pracinha com o joão da fernanda, o frango assado (kkk)! aliás dá uma olhada nos comentários sobre a sua ode lá no bicho! apesar da tortura, é ano novo! eu adoro a chance de recomeçar. adoro essa possibilidade de (re)nascimento. por falar em corda bamba, procura um poema chamado "destino" (desse cara que citei). vc vai gostar! eu te amo, frango assado!

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  3. Essa interpretação do "frango assado" vai pra história, né, Gê? (rs...) Eu vi o comentário do Hugo, to esperando a ode. (kkk...)
    Fernanda, quem é mais gabaritada em termos de cozinhar é a Gê ou a própria Tati pra repetir a receita que fez sucesso. Bommmm...
    Quanto à foto, é minha sim, do fotógrafo amadorístico aqui (quem quer book levante o dedo), mas não são uvas: são "folhas" de uma plantinha minúscula, dessas que são chamadas de suculentas, mas tem mesmo cara de uva. São menores que uma evrilha, algumas. Ficou legal, né? Dá vontade de comer, mas nem sei o gosto. Serviu pra ilustrar.

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  4. Eu sei, Ivan, conheço as suculentas, tenho algumas aqui na minha sacada, só estava fazendo uma gracinha!
    Beijão.

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  5. Fernanda, fui tão leso que nem li as entrelinhas da sua postagem. Já estavam lá as suculentas e o jogo de palavras. Mas sabe que eu tenho curiosidade de comer aquelas folhinhas? Que gosto será que tem?

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  6. Gê, não encontrei o poema "Destino" do Afonso Félix de Sousa. Se você o tiver, me mande por e-mail porfaplease?

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  7. Fernanda, por que te sigo duplamente? Não sei, mas já vi que eu apareço duas vezes lá no seu blog. Não sei como corrigir isso. Uma hora descubro! Somos blogueiros iniciantes, mas acho que vamos bem, não acha? (rs...)

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