É tanta margem de erro neste rio quase sem margens,
Sem matas ciliares,
Sem matos protetores,
Cheio de predadores, e me sinto indefeso.
Não, as margens de erro são pequenas. Grande só pros predadores.
Eu sou caça, não caçador.
Me esgueiro como posso,
A mata, mata e é vida, como pode ser.
Gritar pra que, se Deus não dá atenção a birras infantis?,
E somos todos tão infantis!
Correr pra que? Pra onde?
Os predadores habitam nossas paranóias e nossa realidade.
É difícil se dividir, como é difícil se unificar, introjetar vida.
Sou uno, sou duo, sou não sei quem, ou que.
Ser humano não é fácil.
Por isso muitos se tornam máquinas de viver.
E fingem viver alegremente, ricamente, em sucesso,
E fingem viver...
Poucos vivem, mesmo.
Poucos se arriscam mesmo nessas margens largas estreitas.
Escrito em: 17/02/2009 (23:48h)
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