segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ao rés

O quão rés ao chão estou
Se minha cabeça flutua no alto
Carregando pensamentos e ideias?

          Alguns eclipsados,
          Outros a fulgurar como estrelas.

O quão alto voo eu-mente,
Enquanto corpo grudado à terra,
Enquanto vida grudada ao corpo?

          Eclipse da liberdade,
          Grade pintada de transparente.

26 comentários:

  1. Desculpe a ausencia, estou nos eua e so entrei an internet agora!
    Bom, que lindo. realmente, o copro, materia, o que se desprende esta, no fim das contas preso a terra, ou aquilo que chamamos gravidade, seja grave ou leve, ou seja o peso de nossa culpa ou de nosso respirar.

    Beijos

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  2. Lindíssimo, como tudo o que você pensa e escreve, Ivan.

    Abraço nada eclipsado,
    A.

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  3. Lembrei-me do Moska, em pertinentes versos:

    "Deixe que a alma
    tenha a mesma idade que a idade do céu"

    Lindos versos, Ivan..

    Abraços,

    Moni

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  4. Que bom que a grade esteja pintada de transparente! Assim os pensamentos fluem fulgurantes como estrelas...

    bj

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  5. Ivan, nem se quisesse conseguira ficar rente ao chão, você tem o dom, dom de levitar com as palavras, alçar vôo e transmutar tudo em poesia.

    Beijo moço bonito!

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  6. Caro Ivan,

    Muito obrigada pela leitura, pelo post, lá na minha casa de crônicas.
    Que bom que você também curte o Sting! Curte não, né, me parece um grande fã. Faz bem. Ele, de fato, é maravilhoso!
    Obrigada pela sugestão do Peter Gabriel. De fato eu conheço e gosto muito dele. Costumo dizer que se um dia me casar, "The Book of Love" definitivamente será a musica que me acompanhará ao altar.
    Quero conhecer melhor os dois - Sting e Peter Gabriel -, e observar essa sua proposta, de terem essa semelhança quanto às composições...
    E por falar em semelhança, consegue ver algo em "Coldplay" em "A-ha"? Para mim são pais e filhos, com mudanças ao encargo da diferença de gerações, é claro... O que você acha?

    Um beijo agradecido,
    Andreia.

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  7. Boa construção poética, bela reflexão, Ivan!
    Abraço

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  8. Nossa....agonizante...sensação de libertar-se e prender-se ao mesmo tempo, durante a leitura!

    Muito bom!!

    []s

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  9. Ivan!

    Você é a própria liberdade, eclipse ou não. Poetas como você voam! Para nosso deleite!

    Belo, poeta!

    Um forte abraço

    Mirze

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  10. Grade pintada de transparente! A liberdade tem limites mesmo, mais fortes e limitadores do que imaginamos.

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  11. Lindo poema, o paradoxo de corpo, mente e alma, cada um a levitar ou se prender ao seu próprio tempo desconexo.

    Tbm gostei da sua foto, Ivan.

    Beijo.

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  12. Ameeeeeeeeeeeeei a foto!
    Bem própria o seu olhar.. Que através de fotos e letras nos traz as profundezas para os olhos!
    Belo você! Bela a fotografia! Belo o poema!
    Aline Morais Farias
    Blog: Periódico Subversivo
    http://alinemoraisfarias.blogspot.com/

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  13. Parabéns por este poema, Ivan. Muito bem estruturado, rimas de som e de sentido, rigor e uma verdade que é sua.
    Apesar disso, acredito que pode fazer melhor. Basta deixar amadurecer as palavras.
    Sem dizer nada a ninguém fui por este poema lá na minha Casa.
    Abraços

    António

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  14. Estava ficando chato – eu me sentindo demais. No blog, tudo é bom, tudo é bacana, tudo faz sentido, aos olhos de quem o conhece e acompanha feliz uma espécie de auto-superação sua: o exercício da exposição da sua sensibilidade. O blog é dinâmico, tem boa visitação, comentários amistosos e interessantes – obviamente, você poderia prescindir dos meus comentários intermináveis. Daí, resolvi retirar-me do blog, deletei a foto, não me sentia acrescentando nada e você vai muito bem.

    Mas, como viver não é favor, é PENA, sempre há planos frustrados: tropecei em "Ao rés". Ficar porque e pra quê?

    1- A foto: a árvore - texturas, o detalhe, o micro no macro e o macro no micro – é uma obsessão desde o meu primeiro período de Arquitetura, acumulando centenas de fotos especuladas, dissecadas e redesenhadas por puro vício. Paralisou-me a vontade de tocar e correr os dedos por entre as garras-tentáculos-veias-vias da sua ficus (?gameleira ou figueira ou ficus). Eu, atraída, patas atoladas na armadilha gruda-moscas.

    2 - O texto: Ivan, descascado. Seguir o blog, NÃO porque você precise de estímulo. Quem, se pudesse ver as primeiras composições de Salvador Dali, ler os primeiros versos de Drumond, abster-se-ía dessa invasão de privacidade? Eu não perderia essas chances, como não esta. Exagero? Nem você tem como saber no quê vai dar. Acontece que em “Ao rés” você DESCASCOU-SE, repentinamente, executou começo, meio e fim de algo, num padrão, que dispensa comentários. Aconteceu, Ivan. Não importa se feito ou bonito, se concordo ou discordo. Este é BOM. Bom na forma, bom na imagem, bom na ritmo, bom na impressão de imagens ao imaginário. Rápido, forte, tosco e bom. Não há quedas de intensidade, não se percebe a desistência da forma na complicação dos versos meios. As inversões? Estão lá, na medida, nem muito, nem pouco, nem decoração. Só o necessário pra ser do Ivan e o imprescindível para o efeito que obteve.
    Ainda não li tudo no blog. Mas este – “Ao rés” está pronto. É bom. Lembre-se dele, estará no seu livro.
    OBS: bom não é menos que ótimo. O Bom que usei aqui, é o bom de quem compraria o livro e não o ótimo de amiga, tiete... Fiz-me entender?
    Se lhe cansou, exauriu-me à gota.
    Bj.
    Simone Santana
    (Por caridade, revise pré-postagem, sim? O seu não, o meu. Ah... reduza como lhe convier também. Abstenho-me de fazê-lo. Escrever em Lan House é como evangelizar na feira).

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  15. "Grade pintada de transparente": muito bom isso!

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  16. "Eclipse da liberdade/grade pintada de transparente". que versos, hein Ivan? Dá para se agarrar na imagem.

    Um beijo, que bom te ler.

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  17. Olá, Ivan!Passando pra conhecer seu blog, pois é enquanto a mente cisma em se distanciar nosso corpo continua firme no chão.Nossa mente é inquieta e precisa de grandes alturas para fluir, buscar nas estrelas algumas respostas que ninguém mais sabe onde buscar...
    Beijosss

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  18. Ivan:
    serve-me que nem uma luva o seu poema. falo de algo parecido num poem@ ao qual dei o nome de dilema. adorei também a fotografia. raízes e asas...
    beijo

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  19. Belíssimo paradoxo!

    Um beijo na asa esquerda.

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  20. Estava lendo esses versos com a atenção que esse belo poema merece. Fiquei aqui cogitando a possibilidade de também ter uma cabeça que flutua no alto; constantemente carregando pensamentos e ideias, embora algumas, alguns; muitas vezes fiquem eclipsados(as). Idéias eclipsadas. Pensamentos eclipsados. E uma certeza de que os céus estão sempre pedindo novos vôos.

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  21. Eclips'andamos...

    Na imagem, as raízes parecem dedos
    segurando ou desprendendo-se do so lo.
    Belo texto e foto.!

    Abraço´tchê

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  22. Olá meu caro, vim conhecer um pouco do seu espaço virtual e da sua escrita poética. Começo a apreciar seu estilo...Bonito e expressivo poema que traz questões existenciais que parecem fazer parte do seu mundo interno pelo que li em seu perfil... Sou psicóloga e percebi que você citou vários ícones da psicanálise... Bem, agradeço sua amável visita e comentário e passo a acompanhar seu trabalho também. Um abraço.

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  23. "Grade pintada de transparente."
    Excelente desfecho, Ivan!

    Resta-nos, ao menos, o sono.
    Ainda que liberdade
    do inconsciente...

    Um abraço,
    Doce de Lira

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  24. Olá,Ivan!Td bem?Obrigada pela visita.Volte sempre será sempre muito bem vindo.
    Um ótimo fim de semana!
    Beijosss

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  25. Eu colaria o poema e a foto em minha parede!

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  26. Ivan, o seu blog é um presente!!! Em tudo! sinto-me honrada em estar aqui!
    Fui lendo... lendo e descobri que estou com saudades de você! Vou dar um jeito de resolver isso!
    Bjs

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