Justamente aquelas mãos mágicas!
Ostentava tantas notas rápidas e talentosas
Atentado, assalto, afronta.
Outras formas iria encontrar a tocar.
Contínuo e audaz fez-se novo,
Avançou contra todos os prognósticos dados,
Resolveu-se inteiro em parte.
Lastimou sem entregar-se, tocou o mundo.
Ovacionado, seguiu notado:
Sol, lá, si, ré, dó... tocou ainda mais, com dó, sem pena.
Metamorfose da superação,
Atentado da vida fez-se ver, mutilação da arte.
Restrito em movimentos, tocou,
Tateou o piano como possível, encheu-lhe de notas,
Invejou-se do impossível, fez-se único - o é! -
Navegou assim enquanto pôde, e mais metamorfose:
Suado, digno, agora rege e reage, sempre.
Ostentava tantas notas rápidas e talentosas
Atentado, assalto, afronta.
Outras formas iria encontrar a tocar.
Contínuo e audaz fez-se novo,
Avançou contra todos os prognósticos dados,
Resolveu-se inteiro em parte.
Lastimou sem entregar-se, tocou o mundo.
Ovacionado, seguiu notado:
Sol, lá, si, ré, dó... tocou ainda mais, com dó, sem pena.
Metamorfose da superação,
Atentado da vida fez-se ver, mutilação da arte.
Restrito em movimentos, tocou,
Tateou o piano como possível, encheu-lhe de notas,
Invejou-se do impossível, fez-se único - o é! -
Navegou assim enquanto pôde, e mais metamorfose:
Suado, digno, agora rege e reage, sempre.
PS:
Salve João Carlos Martins, um dos maiores pianistas que o Brasil e o mundo conheceram, agora regente, impossibilitado de tocar piano por uma série de fatos que lhe tiraram os movimentos (primeiro da mão direita, depois da esquerda) e não mais o permitiram alcançar suas fabulosas 21 notas por segundo. Agora rege as notas todas, maestro, regente, extrapolou o piano, e emociona os bons ouvidos e almas com sua história peculiar, emocionante, de resolução e, claro, levando sua boa música onde puder. Há tempos queria escrever algo em homenagem ao João Carlos Martins, mas acho que por mais que o faça, nunca estará à altura da grandeza deste artista impar. Quis a vida fazer-lhe render-se e ele engrandeceu a música.
Sua homenagem ficou muito bonita, a história de vida dele é realmente surpreendente.
ResponderExcluirBeijo, Ivan!
Obrigado, Lara.
ResponderExcluirNão só a história de vida dele, mas toda a arte que ele levou adiante ininterruptamente, sem ceder em nenhum obstáculo. Um homem e músico impar.
Beijo grande.
Bravo, Ivan!!!
ResponderExcluirObrigada por este poema homenagem que engradece, não só a música, mas todos os corações poéticos, gostei tanto que colei em Vidráguas.
Um beijo amigo.
Carmen Silvia Presotto
Olá, Carmen.
ResponderExcluirSempre bom te ter por aqui, sempre bom andar lá pelo Vidráguas. Obrigado mais uma vez.
Beijo grande.
Olá Ivan
ResponderExcluirPor mais que o corpo aprisione, quando se é repleto de Vida, ela transborda seja por onde for e inunda, feito a música que envolve e abraça mesmo sem ter braços ou mãos para tocar!
Linda homenagem ao Homem que se supera, ao Músico e a Música!
Vim retribuir tua gentil visita ao meu Encantaventos e dizer que gostei muito daqui. Volterei mais vezes, pode acreditar!
Bj grande
Oi, Wania.
ResponderExcluirQue bom te ter por aqui. Que seja bem vinda. Gostei muito do seu blog, também. Vamos nos visitando.
Obrigado por vir.
Beijo grande.
Chorei com o depoimento dele sobre sua luta para tocar, exemplo de superação, determinação e paixão pela música.Merecida e bonita homenagem.
ResponderExcluirBjs
Obrigado, Lu.
ResponderExcluirBom te ver por aqui. Apareça mais.
Beijo.
Gosto muitos de suas palavras. "Suado, digno, agora rege e reage, sempre".Isso é mto lindo. Apesar de tudo continua, continuamos... Suados e dignos, sempre!
ResponderExcluirbjo grande
Denise,
ResponderExcluirTem horas na vida que a gente acha que não vai continuar, mas continua, e isto é o mais importante. Sempre muitíssimo bem vinda, tá?
Beijo enorme.
Bela homenagem. Digna de um grande artista.
ResponderExcluirValeu, Tito.
ResponderExcluirApareça mais e opine. Sempre gosto das suas observações, críticas e ponderações "sobrinhísticas" (neologismo meu, ok? rs...)
Ola Ivan!
ResponderExcluirSempre nos cruzamos nos escritos de Yani, mas confesso que é a primeira vez que estive aqui.
Confesso tambem que gostei, voltarei e sigo.
E estás salvo (de que será?) em meus favoritos.
Belo o exemplo de João Carlos...
É assim que seguimos nossa vida, né?
Regimos e reagimos... Sempre!
Um grande abraço!
Bem vinda, Flor.
ResponderExcluirDo que estou salvo, afinal? (rs...) O tempo dirá, especialmente a um "herege".
O João Carlos, independentemente do que ocorreu com ele e o fez parar de tocar, sempre foi um cara que gostei de ouvir, assistir às entrevistas que dava, seja onde fosse. Acho que ele é um exemplo, mas independentemente do que ocorreu com ele, pois este entusiasmo ele sempre demonstrou. Ele simplesmente não mudou de postura diante do ocorrido e foi exemplo continuado. Superar-se às vezes é tão difícil, independentemente das circunstâncias, não é?
Beijo grande e volte sempre. Obrigado pela "salvação"! (rs...)
Linda homenagem. Musical que só, só lhe faltou o piano. Mas não falta maestro.
ResponderExcluirBeijoca
Oi, Sylvia.
ResponderExcluirObrigado pela visita, volte "abundantemente".
Beijo grande.
Ivan, este é o pianista que apareceu no último capítulo da novela? Vi um pianista contando a sua história naqueles depoimentos, sabe? Fiquei horrorizada, que história mais absurda, uma sucessão de desastres, não era pra ele tocar mesmo!!! E olha que o moço foi determinado...
ResponderExcluirFê,
ResponderExcluirAcho que depois de tudo, aí é que ele tocou mesmo, mas foi além de tocar o piano. Tocou, e toca, muito mais.
Raios caem duas vezes no mesmo lugar, ao contrário do que dizem, e há quem sobreviva e ainda se reinvente.
O trabalho do João Carlos Martins, antes, durante e depois de tudo o que ocorreu, é magnífico. Se não conhece, vale a pena buscar. ARTE maiúscula.
Beijo.