Na tua sala está a corja,
O embuste,
O disfarce,
Está o interesse travestido
Em amizade,
Cordialidade.
É tudo pura e plena falsidade.
Na tua sala está a nata,
Mas o leite é podre,
Passou do ponto,
Azedou... (nata?)
O interesse não é na vaca,
Mas só no sugar-lhe as tetas.
Tu és a vaca!
Pela posição que tens,
E é por mérito,
Assim penso,
Nem questiono, (quem sou?)
Te cercam os falsos
Que só querem teu vinho
Tua suposta influência.
Não és tu de todo inocente.
Procurastes o luxo,
Procurastes a fortuna,
Ostentas por que queres.
Se és vaca,
Dá as tetas e te cala,
Que gosta que a toquem.
No meio desta confusão
Suposta... pretensa,
Incerta e mal servida.
Tu e os teus se regozijam
Na bajulação discreta,
Na casa cheia de quase nada.
Repleta de falsidade de gente atenta.
Mas se a simplicidade é teu lema,
Ostenta tua bandeira.
Nem Don Quixote és,
Menos ainda Sancho.
A pança dos outros é que buscam
Tua mão fechada
Em meio aos teus conflitos de negação.
Abre as portas,
Chegaram os hipócritas
Misturados aos amigos.
Não sabes distinguir, não é?
No mundo da falsidade
Perde-se a capacidade da visão
De um ou dois olhos.
Vá, abra o vinho, hipócrita;
Sirva o queijo,
Dá o beijo
E recebe de volta o ósculo de Judas,
Carente de crenças que és,
Escravo da própria vida que tens.
Belo cabernet, boa safra, parabéns.
Foto:
Capa do CD Atom Heart Mother, do Pink Floyd.
O embuste,
O disfarce,
Está o interesse travestido
Em amizade,
Cordialidade.
É tudo pura e plena falsidade.
Na tua sala está a nata,
Mas o leite é podre,
Passou do ponto,
Azedou... (nata?)
O interesse não é na vaca,
Mas só no sugar-lhe as tetas.
Tu és a vaca!
Pela posição que tens,
E é por mérito,
Assim penso,
Nem questiono, (quem sou?)
Te cercam os falsos
Que só querem teu vinho
Tua suposta influência.
Não és tu de todo inocente.
Procurastes o luxo,
Procurastes a fortuna,
Ostentas por que queres.
Se és vaca,
Dá as tetas e te cala,
Que gosta que a toquem.
No meio desta confusão
Suposta... pretensa,
Incerta e mal servida.
Tu e os teus se regozijam
Na bajulação discreta,
Na casa cheia de quase nada.
Repleta de falsidade de gente atenta.
Mas se a simplicidade é teu lema,
Ostenta tua bandeira.
Nem Don Quixote és,
Menos ainda Sancho.
A pança dos outros é que buscam
Tua mão fechada
Em meio aos teus conflitos de negação.
Abre as portas,
Chegaram os hipócritas
Misturados aos amigos.
Não sabes distinguir, não é?
No mundo da falsidade
Perde-se a capacidade da visão
De um ou dois olhos.
Vá, abra o vinho, hipócrita;
Sirva o queijo,
Dá o beijo
E recebe de volta o ósculo de Judas,
Carente de crenças que és,
Escravo da própria vida que tens.
Belo cabernet, boa safra, parabéns.
Foto:
Capa do CD Atom Heart Mother, do Pink Floyd.
Panis Et Circenses
ResponderExcluirOs Mutantes
Composição: Caetano Veloso e Gilberto Gil
Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei fazer
De puro aço luminoso um punhal
Para matar o meu amor e matei
Às cinco horas na avenida central
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei plantar
Folhas de sonho no jardim do solar
As folhas sabem procurar pelo sol
E as raízes procurar, procurar
Mas as pessoas na sala de jantar
Essas pessoas na sala de jantar
São as pessoas da sala de jantar
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Ivan,
Assim que li seu poema, super forte por sinal...
Lembrei dessa musica dos mutantes por que como aqui ela fala sobre hipocrisia...
Beijo
É... o pensamento central é a hipocrisia, mesmo. A hipocrisia que se pratica consciente mente e a hipocrisia da qual se é vítima e vitimado, muitas vezes, muitas pessoas, por escolhas conscientes ou subconscientes. Hipocrisia, de qualquer forma.
ResponderExcluir