Eu me nego a fechar as portas
Ainda que esteja entrando poeira ou água
Ainda que eu esteja pensando besteira
Pois se fecho as portas com medo do ruim
Também as fecho para o que é bom
E quero portas abertas para os amigos
Para o bom trabalho
Para o bom amor e o bem amar
Quero portas abertas para a brisa que acaricia
E para os teus seios que chegam primeiro
Nesse teu caminhar
Eu quero portas abertas como no interior
Sem medo do homem que passa
Ou da velha do outro lado da rua
Ou da criança que possa quebrar o vaso
E destruir o arranjo
Quero portas abertas para o coração
E para a alma e para o espírito
Seja lá o que tudo isto signifique ou seja
Eu me nego a fechar as portas
Ainda que esteja entrando poeira ou água
Ainda que eu esteja pensando besteira
Pois se fecho as portas com medo do ruim
Também as fecho para o que é bom
E quero portas abertas para os amigos
Para o bom trabalho
Para o bom amor e o bem amar
Quero portas abertas para a brisa que acaricia
E para os teus seios que chegam primeiro
Nesse teu caminhar
Eu quero portas abertas como no interior
Sem medo do homem que passa
Ou da velha do outro lado da rua
Ou da criança que possa quebrar o vaso
E destruir o arranjo
Quero portas abertas para o coração
E para a alma e para o espírito
Seja lá o que tudo isto signifique ou seja
Eu me nego a fechar as portas
O Mundo é um Moinho (Cartola)
ResponderExcluirAinda é cedo amor
Mal comecaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atençao querida
Embora saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com teus pés
Ivan,
Não estranhe essa sitação tão cruel ao teu lindo poema...
isso tudo é medo meu de deixar as portas tão abertas.. rsrsrss
Beijos!
Medo a gente tem, mesmo, mas às vezes a decisão é antagônica ao medo, afronta e enfrenta o medo. Portas abertas são assim, e nem é sempre que conseguimos.
ResponderExcluirvocê sabia, ivan, que a canção acima, o cartola a fez pra sua filha que entrava, então, na prostituição? a canção não salvou a filha, ela acabou morrendo "na vida".
ResponderExcluircuriosidades à parte, portas abertas nunca são abertas demais. acho a vida é muito curta, e muito besta pra fechar portas...e, como vc disse, quando fechadas, sabe-se lá o que fica do lado de fora. enfim, admiro essa postura, admiro a declaração, a reinvindicação! beijo
Gê, não sabia que essa música do Cartola era pra filha "emputecida" dele, não. A música é bela. Estava a ouvindo aqui, agora. Versão original. Bela.
ResponderExcluirCuriosidades postas à parte, sobre as portas abertas, acho que é isso que me incomoda nos condomínios horizontais fechados. Em teoria, as casas seguras, com portas abertas, janelas sem grades, poucos ou nenhum muro, tudo muito zen. Só aparentemente. Na realidade quem chega na portaria não é visita, é suspeito a ser averiguado com a secura que os cargos de segurança exigem e as portas e janelas despreocupadas, na verdade, dão as costas aos problemas da "cidade real" em prol daquele "microcosmo" metropolitano.
Mas adoro construir nos condomínios... E a fiscalização é maior, também. Enfim... portas abertas... estão abertas agora, inclusive, as metafóricas e as não metafóricas (as da casa).
Matem o Vampiro!
ResponderExcluirO Natal de 2008 foi amargo, talvez o pior de minha vida. O findar de 2009 foi desastroso, teve como cria um primogênito frustrante. Sabe quando fica um amargo na língua a nos lembrar por dias? Isso! Caminho 2010 com passos cambaleantes, sem resoluções de final de ano. Vagueio por esquinas da mente, a garganta seca de quem andou léguas sob o sol escaldante. Completamente desidratada, entorpecida, fraca, só. Procuro umidade, sombra e alimento. Às vezes sinto aquela vontade louca de perder as esperanças, mas... Deus!! Como sou teimosa! E como vampira, perambulo pelos telhados, furtivamente à procura de sangue novo. Novo?? Qualquer sangue me serviria desde que pudesse sorvê-lo em grandes goles, desde que fosse quente! Desde que fosse um ser vivo! Não sei quanto tempo mais terei forças para viver de pequenas criaturas noturnas. Quero viver entre os vivos! Sei que eles existem. Eu os vejo em filmes, séries, em livros, em música. Procuro-os como Charlton Heston procurava os ocultos, só que não para matar. Procuro para ter vida, dividir a vida, dar-lhes vida. A vida de vampiro é muito solitária...quero ser andante da luz. Luz! Como quero Luz! Nem que extinga a parca vida que me resta. Quero a luz a queimar-me os olhos, nem que seja a última coisa que veja! Quero sair da cripta que me enclausura, não quero mais viver uma morte eterna. Por favor, Van Hensing! Eu, serenamente, já o aguardava!
Puxa, Kênia, que desabafo literário mais lindo. Adorei.
ResponderExcluirE a propósito de desabafos, me dei conta de que você camufla muito bem tudo o que desabafa por escrito, em cifras.
ResponderExcluirEstaria escondida a se proteger por detrás de uma capa de vampira? E por que?
Eu sei... revelar-se pode ser perigoso, mas não necessariamente. Depende de quem encarna Van Helsing. Parli tu, bella!
Ivan, hoje te peço licença para falar com a Gê...
ResponderExcluirGê.
Nunca te vi mas sempre te leio.. rsrsrss
Acompanho e compartilho de quase todas suas opiniões postadas aqui no blog do nosso querido escritor....Confesso que inclusive andei xeretando seus textos no seu blog...Bicho de Sete Cabeças...e apesar de não ser sua seguidora estou sempre te lendo e gosto muito do que escreve...
Mas, dessa vez, não sinto nada em informar que vc está completamente certa!
Na verdade também admiro muito essa postura de deixar nossas portas abertas e acredditar mais na vida e nas pessoas...
É certo que algumas vezes a amargura entra e a vontade é de sair passando a tranca... obviamente não seria a solução pq assim a angustia nem teria por onde sair...
Eu mesma pretendo deixar minhas portas ao menos serradas..
Assim, como forma de me redimir de tanta amargura aqui postada anteriormente, e de agradecer pelo “sacode” levado... rsrsrss...faço outra sitação do meu querido Cartola, dessa vez mais otmista e com sempre inspirado!...
Abraço para vcs 2 !!!
Aline.
”A cor da esperança
Cartola
Composição: Cartola/Roberto Nascimento
A Côr da Esperança
Amanhã,
A tristeza vai transformar-se em alegria,
E o sol vai brilhar no céu de um novo dia,
Vamos sair pelas ruas, pelas ruas da cidade,
Peito aberto,
Cara ao sol da felicidade.
E no canto de amor assim,
Sempre vão surgir em mim, novas fantasias,
Sinto vibrando no ar,
E sei que não é vã, a cor da esperança,
A esperança do amanhã.”
Agora é chat, não é blog mais! (rs...)
ResponderExcluirMas, falando sério, Aline, seja 'xeguidora' da Gê, mesmo ela não sendo a Xuxa.
Se você gosta dos textos dela, siga-a,leia-a, comente-a. (rs...)
Um blog não existe sem quem o leia, sem quem o siga, sem quem o comente. Ah, e a Gê ainda não tem Aline Moraes como seguidora, assim, uma global. Siga!
Gê... 'tamo' podendo, hein? (rs...)
Ivan,
ResponderExcluirSugestão mais que aceita!
E com certeza quem esta podendo aqui sou eu, compartilhando tanto com vcs, que exprimem tão bem aquilo que sinto!
Obrigada pela gentileza e generosidade...
+ beijo...
aliiiiiiiiiiiiiiiiiiiine!
ResponderExcluirque puta coragem pra se retratar assim, heim, menina! que desprendimento, que ousadia, que espinha! às vezes a gente deixa as persianas à meia luz, né? mas tem que deixar aquela frestinha, pelo menos. uma hora a gente fica fortinha e/ou vê algo interessante passando pela calçada... daí...
nem sei muito como agradecer vc ser minha leitora. essa é uma condição muito nova e encantadora pra mim, sabe? ter leitores! se puder e quiser deixar comentários, nossa, que honra, que delícia (é como bem disse o ivan).
beijo estralado, de verdade, mesmo sem te conhecer. adorei sua atitude com vc mesma!
e passa lá no bicho! porque o bicho tá pegando!
Ah!! Sobre a vampira....como bem disse o filósofo Shrek, todos somos cebolas...nos escondemos por detrás de camadas...por medo, insegurança ou por mera conveniência..Quem sem habilita a ser o Van Hensing? Ele existe ou é mais uma criação imagética?
ResponderExcluirPara não deixar meus leitores imersos na escuridão da ignorância dos significados das letras ajuntadas, as que formam palavras, aí vai mais um vernáculo:
ResponderExcluir(i.ma.gé.ti.co)
a.
1 Representado por imagens: "...a peça recria o universo das antigas comunidades rurais brasileiras, com seu linguajar sonoro e imagético,..." (, Folha de S. Paulo, 15.07.2004)
2 Baseado em imagens: O estudo imagético do paciente consistiu num radiograma do tórax.
3 Ref. a imagem
sm.
4 O conjunto das imagens; IMAGÍSTICA: "Se bem que normalmente se atribua à civilização ocidental um apego especial à visualidade, ao imagético..." (, Folha de S. Paulo, 31.01.2005)
[F.: image(m) + -ético.]