Há quantos céus?
Tantos a se santificar em véus!
Já nem sei quem sobe ou desce,
Já nem sei qual a melhor veste.
Visto-me de mim,
Daquilo que me conheço,
Daquilo que desconheço em mim,
Em meio ao emaranhado-eu.
Tento solos, tento saltos;
Salto solidão, tento parcerias
Tento paixão e quero amor
Tento não guardar rancor.
Há quantos eus em mim?
Tantos quantos há de céus?
Pra qual irei? Quem serei?
Sigo por aí em busca de mim...
Tantos a se santificar em véus!
Já nem sei quem sobe ou desce,
Já nem sei qual a melhor veste.
Visto-me de mim,
Daquilo que me conheço,
Daquilo que desconheço em mim,
Em meio ao emaranhado-eu.
Tento solos, tento saltos;
Salto solidão, tento parcerias
Tento paixão e quero amor
Tento não guardar rancor.
Há quantos eus em mim?
Tantos quantos há de céus?
Pra qual irei? Quem serei?
Sigo por aí em busca de mim...
"Quem são estes outros que habitam em mim?" (Lacan)
ResponderExcluir"Sou eu esta mulher que anda comigo?" (Hilda Hilst)
Esses múltiplos de nós, quase uma psicose, rs.
Somos este eterno vir-a-ser.
Interessante a convergência com os dois últimos textos que publiquei.
ResponderExcluirDepois, se puder, leia e me diz se achou tb.
Mais uma vez, parabéns pela escrita.
↓
ResponderExcluirproCURA-se!
Engraçado como tudo que vc escreve me lembra música...! E eu vou montando uma trilha sonora com os versos seus... hahaha Esse de agora me lembrou a voz do Milton Nascimento: "Doce ou atroz, manso ou feroz Eu, caçador de mim".
ResponderExcluirE nessa "caçada" é difícil calcular quantos somos... Uma hora somos um único e intenso; Em outras, somos vários e titubeantes; Em algumas mais somos poucos porém extremos. Acho que, na verdade, é uma construção sem fim: um pedaço de cada euzinho que a gente já foi ao longo da vida se costurando para formar o EU maior de hoje. O de amanhã, com certeza será diferente.
Busca incessante e persistente essa, sei bem.
ResponderExcluirAbraço.
Há quantos céus?
ResponderExcluirInteressante para começar um poema à procura do eu. :)
Ana
seguir é a unica opção.
ResponderExcluirtem a morte também, mas essa só os muito perversos escolhem.
É, Ivan. Há mais eus do que eu mesmo, por isso escrevemos...
ResponderExcluirUm beijo.
Carmen Silvia Presotto
www.vidraguas.com.br
Nossos eus são tão infinitos quanto os céus!
ResponderExcluirE pela infinitude dos teus, acredito que vislumbraremos ainda muitos horizontes! PARABÉNS!
Muito bom, Ivan!
ResponderExcluirEsses questionamentos sempre surgem como sombras ou avisos.
A busca será incessante. Se encontrar, me avise,
Beijos
Mirze
Ivan
ResponderExcluirQuantos eus? O suficiente de fragmentos que encontramos no caminhar,
entram dentro da gente e constituem essa fragmentação,
um beijo,
"Salto solidão..." Que lindo isso!
ResponderExcluirTanto quanto há de céu e mar, tu é imenso, assim como tua poesia.
beijos amigo!
Ivan, é, realmente, parece psicose, somos habitados por vários eus que em si encerram vários caminhos, só para complicar nossa busca. São tantos, que as vezes precisamos ser apresentados!
ResponderExcluirBeijo
Acho que você descreveu sabiamente a formação da dúvida do carater, da personalidade do indívíduo, e sentimentos significativos.
ResponderExcluirJá me avizinhei.
BeijooO*
"Tento paixão, quero amor. Tento não guardar rancor". O amor, talvez, o movimento intuitivo entre os eus. Apreciei muito teu poema.
ResponderExcluirabrs!
As pessoas estão sempre buscando alguma coisa, algo a mais. Inclusive buscam dentro de si mesmas.
ResponderExcluirAté jamais encontrar.
ResponderExcluirE viva a rainha transform-ação! :)
Ótimo, Ivan!
Beijo, beijo
Me dei conta que reeditei um texto antigo cujo tema é o mesmo que o seu, mas não responde as suas dúvidas. Dê um pulo lá depois, chama-se Multivíduos ou a Nova teoria da relatividade existencial (rrsrsr)
ResponderExcluirbeijo grande
Oi Ivan
ResponderExcluirA procura do nosso "Eu" é um árduo trabalho.
O "Eu" é a essência de nós mas para a encontrarmos temos de trabalhar a vida inteira e nunca lá chegamos mas também não conseguimos desistir, é a nossa condição de seres humanos.
Gostei muito do seu poema.
Um beijinho amigo.
Liliana Josué