Tantas portas, tão poucas chaves
Perdi minhas claves
Não saio ao sol, sei lá, talvez por dó
Perdi-me no tom
E é pau e pedra e fim do caminho...
Não! Busco as chaves
Busco as claves para me afinar
Para ficar em mim, em si
Tento as maçanetas pra ver qual abre
As portas se negam
A passagem fica difícil, até mais
Daí vem o molho
Destempero de chaves, tantas claves
Coisa de cabeça, mente
Ainda que com as chaves, tantas portas
Labirinto de passagens
Encontrar qual chave abre qual porta...
Tortura imposta da vida
De tantas portas, poucas chaves
E eu sem tom, leio Vinícius
Resta-me um toquinho de esperança
Ouço o ranger de dobradiças
Obs.: Inspiração originada na leitura e nos comentários da postagem do blog da Gê, bichodesetecabeças, de 2 de junho de 2010. Leiam lá: http://bichodesetecabecas-ge.blogspot.com/2010/06/sem-titulo_02.html. Beijo, Gê.
Perdi minhas claves
Não saio ao sol, sei lá, talvez por dó
Perdi-me no tom
E é pau e pedra e fim do caminho...
Não! Busco as chaves
Busco as claves para me afinar
Para ficar em mim, em si
Tento as maçanetas pra ver qual abre
As portas se negam
A passagem fica difícil, até mais
Daí vem o molho
Destempero de chaves, tantas claves
Coisa de cabeça, mente
Ainda que com as chaves, tantas portas
Labirinto de passagens
Encontrar qual chave abre qual porta...
Tortura imposta da vida
De tantas portas, poucas chaves
E eu sem tom, leio Vinícius
Resta-me um toquinho de esperança
Ouço o ranger de dobradiças
Obs.: Inspiração originada na leitura e nos comentários da postagem do blog da Gê, bichodesetecabeças, de 2 de junho de 2010. Leiam lá: http://bichodesetecabecas-ge.blogspot.com/2010/06/sem-titulo_02.html. Beijo, Gê.
Quando é assim, me espremo semi-(di)fusa nos compassos.
ResponderExcluirGostei do seu jogo de palavras!
Beijo.
Lara,
ResponderExcluirQue suas vindas por aqui não sejam breves nem semibreves, que sejam longas e constantes, empora possa haver pausas. Sempre bom!
Beijo grande.
Você e seu lindo e certeiro manuseio com as palavras..
ResponderExcluirPoema labirinto... Cheio de falta de ares e restinho de esperança..
Delícia de ler!
Beijo...
Ivan!
ResponderExcluirAdorei seus tons e semi-tons, Suas chaves e/ou claves. As portas podem fechar, sua poesia, não!
Beijos
Mirze
Seu post me remeteu ao filme de Alice, com portas, chaves e passagens, a mesma fotografia. E, a uma possível pintura surrealista, onde há uma pauta mole com uma clave de sol também mole saindo da pintura, fazendo alusão aos relógios moles de Dali.
ResponderExcluirAdorei "Ouço o ranger de dobradiças"!
Beijo
Ah, Ivan. Que as claves nunca nos deixem, apesar dos constantes sumiços das chaves. Não se esqueça, a música passa pelo buraco da fechadura. ;)
ResponderExcluirLindo, querido.
Obrigada pelos afagos de sempre, viu?
Beijocaprocê
Paradoxalmente é isto que dá sentido a vida,
ResponderExcluiresse mistério de não vir nada pronto,
termos que ir a luta para descobrirmos,
nos transforma,
↓
"leio Vinícius
Resta-me um toquinho de esperança.."
adorei isso ツ
A imagem me fez lembrar um show... huuummm... esqueci o nome... rsrsrs...
ResponderExcluirSuas palavras... Aaaah!!! Que palavras! Fico até sem elas tamanha a emoção do encontro. Sentimentos e lembranças dançam no mesmo compasso. Nem sei mais o que faço!
poema musical bem feito!
ResponderExcluiradoro quando os poetas jogam com palavras.
PS: engraçado, eu achei que já havia comentado aqui...
um beijo.
Aline, poeta inquieta.
ResponderExcluirQue recupere seu fôlego logo e também mantenha as esperanças. Vale pra todos, né? Muito bom te ter sempre aqui!
Beeeeeijo.
Mirze, querida,
Não pretendo fechar as portas da poesia, não. Pra mim, mais que tudo, é catarse. Dependo disso, é vício bom, em tons, semi-tons, chaves e claves.
Beijo grande.
Patrícia,
Acredita que ainda não fui assistir ao filme Alice? Acredita que comprei o livro e ainda não comecei a ler? To em dívida comigo! Tenho que ir ver logo pra ver em 3D.
Adorei sua leitura detalhista e as imagens que te vieram à cabeça, inclusive os relógios derretidos de Dalí.
Beijo grandão.
Silvya,
Genial lembrar que "a música passa pelo buraco da fechadura". Adorei! Dá um belo aforismo. As claves, a música, as letras, a escrita, a arte de forma geral sempre me foram muito importantes. Pra elas, portas abertas sempre.
Beeeeeeeeeeijo.
Ester,
Bom ter seu manifesto externado aqui. E é verdade, sim: o não vir nada pronto dá mais gosto à vida quando as lutas são frutíferas. Às vezes cansa um pouco, mas a luta é constante e a busca é por prazeres, alegria, paz.
A brincadeira com as palavras Tom (em duplo sentido), Vinícius (aí em sentido único, do poeta) e Toquinho (também em duplo sentido) são uma homenagem a estes nossos gênios da MPB e da escrita. Poetas das letras e das notas.
Gostei do seu sorrisinho tortinho, muito charmoso. (rs...) Vai um aí, também ツ.
Beijo grande.
Vivi,
A foto é propositalmente borrada e é sim de um show, mais precisamente o show da Rita Lee que assisti em Sampa agora dia 15/05, um dia depois de ter assistido ao show do Roger Hodgson (do Supertramp). Consegui dar o ar "fantasmagórico" que pretendia: sugere sem mostrar.
Beijo grande.
Betina,
Eu adoro jogar com as palavras e vivo tentando isto. Às vezes consigo bons jogos, às vezes nem tanto. Aqui, particularmente, gostei e ainda consegui jogar, no meio, uma homenagem ao Tom, Vinícius e Toquinho.
Será que você tinha comentado e tinha dado erro? Não tinha chegado nada pra mim! Que bom te ter aqui.
Beijo grande.
São tantas as portas, chaves, claves, do tempo...que é fácil perder-se e se encontrar nas linhas do seu pensamento...
ResponderExcluirBeleza de poema.
Amplexos,
Márcia,
ResponderExcluirQue boa surpresa ser descoberto e te descobrir. As portas são mesmo muitas, mas pelo menos na blogosfera tenho encontrado ótimas chaves e claves.
Ósculos e amplexos.