Barco à deriva
Deriva-se de que?
Vida de barco
Perdido em oceano
Não é azul?
O céu é tormenta
Tudo atormenta
Ondas violentas ocasionais
Marolas raras
Há, mesmo, tormenta?
Barco à deriva
Muita água, muita sede
Muitos peixes, muita fome
Horizontes amplos
Destino sem rumo
Barco à deriva
Há tormenta no céu
Acima encabeça
Pensamentos
Âncora... Terá fundo?
A calmaria do azul no horizonte infinito de mar e céu confunde, e como, a paz de dentro que se remói.
ResponderExcluirBeijo.
Ivan, lindo poema. Adoro barcos em mar de tempestade ou calmaria. Prefiro barco à deriva do que aprisionado no porto.
ResponderExcluir(Eu bem tentei passar aqui antes, mas a imagem do post anterior me espanta...cada um com suas fobias malucas, né?...rs)
beijos pra ti
às vezes o que parece doce...nos faz ranger os dentes de tão azedo...
ResponderExcluirmuito legal
bj
taniamariza
Não tem fundo e nem âncora
ResponderExcluire o barco voa... pra longe...
foi brincar de barco em mares calmos,
fazer de conta que é pipa no céu azul,
pediu descanço...
porque vida de barco à deriva,
não é mole!
beijo grande moço!!!
Lindo, Ivan!
ResponderExcluirO mar sempre questiona, tanto quanto o AMAR.
Se tem fundo ninguém ainda questionou. Será você a descobrir?
Beijos
Mirze
O barco deriva-se das pequenas canções das ondas, e em comunhão com o azul do céu e do mar que se confunde nesta vasta imensão, ele é o pássaro da lua,
ResponderExcluirIvan, dá uma olhada http://alinhavodecores.blogspot.com/2010/07/ainda-sobre-as-folhas-de-platanos.html
dediquei algumas palavras a ti,
abraços
Não sei se terá fundo, mas já há a profundidade.
ResponderExcluirMuito linda a imagem e as ideias que se formam. Belo poema. Bj
ResponderExcluirIvan,
ResponderExcluiro mar é profundo, mas tem fundo. Tenha certeza disso!
Beijosssss, moço lindo.
E onde tudo atormenta, chega a Poesia com seu deslizar no mar de palavras...
ResponderExcluirUm beijo, Ivan.
Carmen Silvia Presotto
www.vidraguas.com.br
sim, há tormentas.
ResponderExcluircomo há estio, céu azul, bonança.
barco pensamento que deriva do mar.
ResponderExcluirlindo!
um beijo, ivan.
O barco à deriva acaba por chegar a bom porto.
ResponderExcluirGostei. Bom fim-de-semana. :)
Barco à deriva que derivou num poema e nos questiona sobre a profundidade do mar.
ResponderExcluirLembrou-me Djavan: "Nem que eu bebesse o mar, encheria o que eu tenho de fundo..."
ResponderExcluirLindo poema, Ivan!
Sigamo-nos então.
Rossana
Esse barco à deriva é onde paramos a vida de vez em quando... exatamente sem prognóstico e sem vento que a conduza para algum lugar.
ResponderExcluirBeijos!
Tudo tem fundo - lá, bem lá onde moram os segredos insegredáveis.
ResponderExcluirTão bonita a imagem que as letras foram criando...
Beijoca, querido
"Deriva de que?"...
ResponderExcluirIvan, também continuo lendo por aqui, mas ancoro ora neste. faço maré nas tuas construções.
Que poema!
Um beijo, e grata por gravares palavras no Dialogando...
[Ouso-te isto, dois poemas em diálogo: água doces beijando olho de mar]
Nenhum tempo se ancora à memória das águas
sabe-se que era março
ela, moça
cumpria seu curso
canais sem mancha, gôndolas sem remo
pluvial como uma nascente em cabeceira de céu
sem rumo desceu
contra rochas, contratempos
correntezas na foz
calmaria no cais
só adentro um rumor de ribeiro
seguiu
de nuvem descingiu um vestido velho
lavadeira na beira de riacho doce
em seu leito, beirava a loucura
e lavava-se de cócoras em caldas
calor de verão
pano coado – pingos de febre
sais-de-cheiro de chuva por trás das serras
contorno sertão
agora lagoa - sequiosa, inquieta
garoa nos lábios
- úmidos quão olhos -
evaporam-se os dias, fica-se o fluxo
rio vertical
em ciclo e regaço manso
remanso esgarçado num colo
como quem irrompe
do pote o barro
[Katyuscia Carvalho]
Read more: http://katyuscia-carvalho.blogspot.com/search?updated-max=2009-11-29T22%3A24%3A00-03%3A00&max-results=10#ixzz0tTjjRNwj
...
Uma canção lambe a noite caída d’um búzio à letra da tarde
a letra nascida da exaustão
Quando a espera é tanta, embala-nos o cansaço a maré
Na rede, soltam-se os remos…
Há rendidos a trocar sonhos por salva-vidas
Sobreviventes à espera da ressaca nova
Seres que da vida vivem sua volta
qual mulheres de pescadores e suas rendas e lendas
marcando encontro com náufragos
com os que arrastam o hoje tardio até a borda
Marulhos de semprespera, seixos de contartempo
e uma garrafa a aportar para os que encalham no cais
O que espera dos seus a vida?
Secarem os dias? Ou morrerem afogados de alto-amar?
[Katyuscia Carvalho]
Read more: http://katyuscia-carvalho.blogspot.com/search?updated-max=2010-02-05T18%3A28%3A00-03%3A00&max-results=10#ixzz0tTib6j00
Beijos.