E quando a grande descoberta
Se desperta em quimera
Mudar o mundo, a vida, quem dera?
E a descoberta se encobre
Pouco ou nada se revela
Sob os panos, entre as núvens, cegueira
A busca atada em desencontro
O encontro revelando-se fim
A vida a se desenrolar como novelo de lã
E solta, a linha se emaranha
Nós, maçarocas, tudo atado
Ao por a cabeça no travesseiro, desnorteio
Som ligado, conto carneiros
Travesseiro como pedra
Pouco dormir, pouco relaxar: pesadelo só
O dia seguinte é gemido, é dor
Prenúncio confirmado, tempo perdido
Vôo alado... Paz?
Acho que "?" é praticamente um complemento para a palavra paz. Que paz? O que é paz? É só o contrário de guerra?
ResponderExcluir"Qual nada"... É tudo aquilo que cão está acomodado de tal forma a impedir inspiração e expiração completas...
É muito mais que isso. É específica. É individual...
De repente, a paz se revela na sensação do travesseiro... Gostei da analogia possível.
Lindos versos, Ivan... Beijo meu!
↓
ResponderExcluirAv<^>Voei!
Efemeridade é o termo que me ocorre ao ler o poema.
ResponderExcluirO encontro constituindo-se como uma lagarta, alimentando-se das possibilidades que a vida oferece, guardando-se para embelezar-se e num rompimento, o vôo a(lado)?
ResponderExcluirHei, Ivan. Tenho que lhe responder o e-mail. Está bem guardado na caixa de entrada, quero só encontrar um tempo neste final de semestre que pede cada vez mais pelo seu término.
abraços e bom finde
A paz está sempre no fim.
ResponderExcluirFim de transformação.
Fim de desencontro.
Voo!
Beijos
Mirze
Ivan, meu querido
ResponderExcluirPrimeiramente, obrigada pelo comentário no Minimo Ajuste...
Entaum... profundidade é algo q acredito intensamente...
Nada vale realmente a pena se não for profundo.
Bem... qto ao teu texto...
Lindo, maravilhoso, tocante...
Embora a interrrogação sobre a paz,
acredito sim, que o voo trouxe paz...
a sensação de liberadade nos permite isso,
mesmo que momentaneamente....
Bjo carinho Ivan...
Espero vc tb no Permita-se!
www.permitaser.blogspot.com
=)
Oi Ivan,tudo bem?
ResponderExcluirMuito Obrigada pela visita e pelas palavras gentis.
Nossa,como vc consegue conciliar tantas coisas nesse mundo corrido e louco em que vivemos?Engenheiro,fotografo,baterista,amante da psicanálise...Ufa,que fôlego hein?Admirável,álias,pessoas como vc,com tanto conteúdo,merecem muita admiração mesmo.
Adoro fotografia também,ás vezes arrisco umas fotos,mas nada muito grandioso.
Você é sempre muito bem vindo.Vou me ausentar por um período de férias,mas em breve volto á postar.
Grande beijo.
"E solta, a linha se emaranha", é muito bom!, isso me faz recordar que a vida é efeito deste atos, atados, somos os nós do viver!!!
ResponderExcluirUm beijo amigo
Carmen Silvia Presotto
www.vidraguas.com.br
no fundo esse emaranhado é mesmo um casulo...o duro é saber para onde voar...eu mesma já dei de cara com muro tantas vezes! paz? liberdade!
ResponderExcluirps:
linda foto!
mil beijos!
Não dá pra deixar de sonhar em transformar o mundo e a vida, mesmo que os caminhos por vezes nos sejam embarreirados. Que desse novelo de lã nos saiam muitas meias, pra nos esquentar os pés nesses dias-ventanias. Nada como a paz dos dedos quentes. ;)
ResponderExcluirBeijo, querido
Lindo, lindo, lindo, Ivan.
ResponderExcluir"O dia seguinte é gemido, é dor
Prenúncio confirmado, tempo perdido"
Como me identifiquei...
Vi seu comentário na postagem "cabresto" do Fouad. Gostei!
ResponderExcluirFiquei curiosa e visitei seu espaço. Gostei do que vi, vou continuar.
Até breve!
Terá sido ícaro que voou a lado?
ResponderExcluir:)
O vôo é sempre belo mesmo que não traga paz!
Bjs
Ivan, tenho me perguntado que busca é essa, será quimera? Desencontros, linhas emaranhadas, tempo perdido.... paz? A paz não acompanha a inquietude...
ResponderExcluirbeijos
Eu, aqui, acordada desde as 4 horas, sei muito bem de que você está falando :)
ResponderExcluirbjs.
B.F.
Muito bom... Insônia, torturadora de nós... PERFEITO!!!!
ResponderExcluirPaz? Sim, não...depende...muito lindo o poema. Beijo.
ResponderExcluirIvan,
ResponderExcluiramei o título:
vôo a lado, vôo a-lado, vôo alado!
E não é que pintou a vida
como novelo de lã,
como me havia pintado
em "Inverno"?
A estação a nos sugerir
casulos e borboletas.
Um abraço,
doce de lira
Ivan, boa noite.
ResponderExcluirMuito obriagdo pela visita ao 'poética herética' e pelas palavras generosas que deixou por lá. Isso permitiu que eu também pudesse conhecer sua belíssima poesia.
No 'vôo alado', especificamente, vi o dilema entre a transformação e falta de vontade de mudar - ou o medo do novo. Profundo, filosófico, bem ritmado, musical,... seu poema envolve o leitor.
Sucesso pra você,... hoje e sempre. E um abração, pra você transmitir ao povo dessa terra maravilhosa que é Goiânia - adoro essa cidade.
Caro Ivan, eu te descobri primeiro e também descobri que temos coisas em comum, especialmente a psicanálise, que leio vorazmente. Gostaria de ser um poeta como você, por enquanto faço umas crônicas. Agradeço pela visita ao meu blog, adorei o seu, quero manter contato contigo. Grande Abraço. Antonio Celso
ResponderExcluirSua poesia me fez pensar...
ResponderExcluirRespostas? Mal conheço as perguntas certas... o que sei é que a vantagem da lagarta sobre mim, é a certeza que ela tem de que, um dia, será uma borboleta... eu não tenho certeza de nada... mas acredito que um dia também alçarei vôo... Naveguei pelo seu blog e pus em dia minha leitura e foi muito bom. Apareça!
Beijos.
Ivan, bonito esse teu espaço! Bonitas as imagens, bonitas as palavras... e amei seu perfil! rsrs... Quer dizer que vc é um caso a ser estudado, é? rsrs... adoro gente que não se engessa!
ResponderExcluirTô te seguindo!
Beeeijos!!! :)
ideia em torrente, poesia derramada.
ResponderExcluirficou muito bom!
preciso que me perdoe a ausência, meus filhos estão de férias e fica difícil ler tudo o que quero e escrever tudo o que preciso... mas estou por aqui!
abraços, ivan.