terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Em estado

Em estado de espanto
Espanco meu espírito em susto
Agarro-me em teus seios
E sugo o leite de teu amor e desejo

Em estado de pranto
Encanto meu espírito de pureza bela
Olhas-me com tanta destreza
E te beijo como quem se alimenta: és ela

E tu, em estado de sedenta
Tocas-me com sutileza precisa
Agarras-te em minh’alma
Damos mãos, seguimos com calma

E em estado de glória
Colamos anseios e vontades duas
Catalisamos tempo perdido
E vivemos dois num como mil anos em um

3 comentários:

  1. Hey, posso sequestrar este poema, tão lindo que quero ele colado lá no Vidráguas e que bom que voltou o lirismo, rs!!!

    Beijos.

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  2. Ah... você tirou um retrato do meu pensamento... isso só é possível aos que sonham com contentamento... quisera pudesse eu tirar uma foto real desses enlevos que guardo... Sua lente foi ótima nesse registro...gostei!

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  3. Ivan,

    Eu já te disse do que mais gosto nesse poema...
    Ele acaba exatamente na melhor parte!
    O que acaba nos fazendo repetir a leitura várias e várias vezes...
    Muito bom!
    Beijo!

    Aline.

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