domingo, 2 de janeiro de 2011

Espaço esparso

Eu chego ao meu espaço
E me descubro esparso
Naquele espaço que penso meu
Naquele local que penso eu
Procuro-me, não me encontro
Grito por meu nome
O espaço se agiganta ou diminui
Depende de mim
Agora é diminuto
De minuto em minuto, menor
Fico olhando e andando
Num vai e vem de leão em jaula
Pior saber quem fez as grades
Fui eu, só eu, ninguém mais
Eu checo o meu espaço
E descubro, esparso, que não é meu
Nem tampouco sei
Quem é realmente esse eu

5 comentários:

  1. Espaços protegidos de e por nós mesmos...
    Segurança de alto custo.

    Um bj querido amigo

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  2. Gosto muito do seu estilo! Profunda reflexão!

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  3. Não há quem não solte um longo suspiro ao terminar esse poema!
    Angustiante...
    Desde a foto escolhida, até a impotencia de não poder arrancar em um só solavanco o persogem isolado de suas grades que infelizmente só se destravarão pelo lado de dentro!
    Fazer o quê? Continuar gritando do lado de fora até que ele escute! E haja folêgo...
    DIVAGUEI?.... KKKKK....DENOVO? ADOREI.... E SÓ!
    Beijo!

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  4. Hoje, aos 55 anos, posso afirmar que a vida é uma incessante busca de Ser. Feliz de quem descobre isso a tempo e É. Você tem me surpreendido...

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