terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Quanto?

Quanto de mim há em cada pedaço do que sou
E quanto de mim há em cada pedaço do que nego ser?
Quanto de mim sobrevive ao idealismo
E quanto de mim morre diante do desmascaramento?
Quanto de mim resta, ao final de tudo?
Quanto,
quem,
como,
onde,
por que
e até quando?

Obs.:
Este poema encontra-se publicado também no site/blog Bicho de Sete Cabeças, de Eugênia Fraietta, na aba fixa direita (http://www.bichodesetecabecas-ge.blogspot.com/). Uma honra estar por lá!

10 comentários:

  1. ivan, eu gostei tanto disto! tenho achado suas sínteses tão boas, tão acertivas, tão completas. tenho percbido que vc está conseguindo mais com menos.

    quanto da gente está no que a gente nega??? bom, segundo a maria rita khel, de que eu gosto muito, a nossa história é formada também do que não fizemos. seguindo esse caminho, tanto da gente é o que a gente nega, acho... não que a seja exatamente o positivo do que negamos, mas o avesso mesmo, a negação em si... acho. beijo. gostei de cada linha, cada linhas conversou comigo.

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  2. ó, eu decidi que vou por esse texto no meu blog, na barra fixa da direita!!!!

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  3. Nossa, Gê.
    Vai ser uma honra estar na barra da direita do bichodesetecabeças.
    Pra mim é um orgulho.
    Obrigado por cada palavra de cada linha.
    Beijo enoooorme.

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  4. anda mesmo inspirado querido poeta...
    cada linha é um poema uma divagação...hoje me prendi na primeirinha "Quanto de mim há em cada pedaço do que sou"...eu que sou tão inconstante muitas vezes acredito ter vivido mil vidas.. alguns pedaços casam comigo outros nem sequer flertam com minha personalidade...como se minha história inteirinha fosse uma colcha de retalhos...cada pedaço com formatos e nuances diferentes mas todos da mesma cor..

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  5. Aline,
    Deste comentário seu dá pra sair uma postagem completa para o seu blog, e das boas. A começar por, se me permite:

    eu que sou tão inconstante
    muitas vezes acredito
    ter vivido mil vidas..
    alguns pedaços casam comigo
    outros nem sequer flertam
    com minha personalidade...
    como se minha história
    inteirinha fosse
    uma colcha de retalhos...
    cada pedaço com formatos
    e nuances diferentes
    mas todos da mesma cor..

    Aline Morais

    Pra mim, isso aí já é um poema completo. Posta lá, vai?

    Beijo grande.

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  6. Fico dois dias sem entrar nos meus blogs e olha o que eu quase perco! Ivan, concordo tanto com a Gê em tudo que ela disse... às vezes você se pergunta (nos pergunta?) se o que escreve são poemas, então, há muita teoria, muitas cactéristicas que nos ajudam identificar um bom poema, essa síntese de que a Gê fala é uma das mais importantes, acredito. Grandes poemas são repletos de lacunas e ambiguidades, cada palavra pode tantas coisas... gosto de pensar que é um exercício de preenchimento, de construção de sentido, um diálogo entre poeta e leitor que tornam-se cumplices diante das entrelinhas, do implícito.
    Esse seu poema tem tudo disso, ficou, realmente, lindo! Vai pro bicho, heim!

    Grande beijo.

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  7. Se o poema vai pro bicho, o poema deve ser o bicho, então, né? Uau! (rs...)

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  8. Ah, Fernanda.
    Quando você demora a aparecer por aqui e deixar seus comentários eu sinto falta, tá? Aliás, de todo mundo que some por uns dias ou muitos dias. Já não declarei que sou escritor carente? Admito!
    Beeeeeeeeeeeeijo.

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  9. claro que vou postar...
    que bom vc ter essa terceira visão....
    nossa que super bom essa sencibilidade...
    obrigadaaaaaaaaaaaaaaa!!!
    nem sei se o poema é mesmo meu..hehehehe
    beijo especial!

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  10. Aline, é claro que o poema é seu. Eu só vi que você tinha escrito um poema sem perceber... e dos bons.
    Beeeeeeeeijo.

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