quinta-feira, 11 de março de 2010

Marés e ressacas (ode a Fê e seu "Tides and Undertows")

Marés de lua,
Marés de mar,
Marés de rua,
Marés de amar.

Sobem, descem,
Oscilam com o tempo,
Só que em dois sentidos: tique-taque.

Hoje sorriso,
Amanhã choro,
Depois se revê tudo, e imploro:

Lua, cheia seja
A levar ressacas,
A trazer bons ventos, bom amar.

Marés de lua,
Marés de amar,
Ressacas passam,
E paixões renascem.

6 comentários:

  1. Iuhuuuu, baixou o santo das homenagens! Odes para as mulheres mais mulherudas que conheço!
    Sabe que suas palavras têm muito a ver e me fizerem lembrar de versos da Cecília Meireles que, acho, irão sempre me definir:

    "Tenho fases como a lua,
    fases de andar escondida,
    fases de ir para a rua."

    Sou feita de ciclos, preciso das fases, da exposição e do esconderijo. Obrigada pelas palavras, querido, você é sempre gentil e muito sensivel!

    Beijo enorme!

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  2. Muito lindo ...
    As mulheres, acho que todas mesmo, são feitas de fases...e a Fernanda expoe isso com tanta beleza no blog dela.. homenagem mais que merecida e super acertada!
    beijo p vcs dois!

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  3. Tudo que li, seus poemas... fiquei tao encantada que não sabia onde comentar para dizer que adorei! beijos

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  4. Oi, Sissy.
    Obrigado pela presença, por ler, seguir, comentar. Na dúvida, pode comentar todos! (rs...) Críticas são sempre bem vindas e é ótimo trocar idéias. Também já estou nos seus blogs.
    Volte sempre, volte muito, vá comentando.
    Beijo grande.

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  5. Caro Ivan, sua poesia concisa e bela reflete o que pensamos da poesia. Na Poesia não cabe o hermetismo incompreensivel bem ao gosto de inúmeros poetas, para se mostrarem erúditos, mas que ninguem os lê. Dai os editores afirmarem que poesia não vende livros. Não vende esse tipo de poesia que acabo de descrever.Parabéns, poeta, sua poesia pode ser lida, no cais do porto, nas extremidades das favelas, na mesa de um bar em Ipanema ou na Vila Magdalena em São Paulo,numa reunião elitizada dos erúditos. Estou seguindo seu blog.

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  6. Julio,
    Obrigado pela presença, por ler, seguir, comentar. E obrigado pelas palavras acima.
    Concordo contigo quando dizes que em muitas poesias se vê mais a preocupação de poetas em se acharem na obrigação de serem pernósticos para se mostrarem aruditos do que a preocupação com a própria poesia.
    Você disse algo que me ocorre muito dizer e disse de forma simples. Faço minhas as suas palavras.
    Mais um obrigado.
    Volte sempre e vamos nos lendo.

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