segunda-feira, 1 de março de 2010

Vôo raso, andar

Fiquei rente ao chão
Não me arrisquei a voar
As asas estavam doídas
E o pensamento devagar
E deveria divagar
Que são as duas formas de voar
Fiquei em terra firme
Rezando por nenhum terremoto
Desses de dentro
Ou daqueles de fora
Queria serenidade e força
Vento brando ou tempestade
Tanto faz
Se não destrói
Só acaricia, é bom
E ainda que não voe hoje
Resta andar avante
E ainda assim ir-se longe
Vôo amanhã
Vôo depois nas nuvens
Mesmo em só pensar
Aliás
Nem é preciso voar tanto
Para ir-se longe

4 comentários:

  1. é verdade... são tantas as formas de voar..é uma lição e tanto para mim...que sem antes verificar a saude das minhas asas saio saltando abismos arriscando quedas e fraturas tão expostas...
    também adorei qdo vc fala:
    "Rezando por nenhum terremoto
    Desses de dentro
    Ou daqueles de fora"...
    os vindo de fora nos assustam mas os de dentro nos desestabiliza e apavora...acho que são os verdadeiros quebradores de asas e os fazedores de fraturas expostas... é!...não tem jeito não... em qq vôo o perigo é constante...o importante é chegar...se não tão ao longe ao menos ao centro...
    mais um para esmiuçar...
    beijo grande querido poeta!!!

    ResponderExcluir
  2. Que coisa boa! Mal escrevi e publiquei o poema, ainda estava a escolher uma fotografia, e já me vem você, poeta inquieta, comentar o texto. Sempre bom você por aqui.
    Beeeeeijo.

    ResponderExcluir
  3. ivan.......ainda não acostumou com esse "jeitinho" desesperado, inquieto e compulivo...hehehehehe
    não esqueça estou atenta!!!...é um aviso!!kkkkk............
    beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeijo!!!!!!!!!!!!!

    ps: além de alma inquieta me tornei poeta inquieta... amei!!

    ResponderExcluir
  4. Eu queria serenidade também, sabe!

    ResponderExcluir