segunda-feira, 26 de abril de 2010

D'eterno

Colocou seu melhor terno
E sorriu para si, triunfante
Simultaneamente arfante

Satisfação e cegueira
Pensou nos cifrões e na família
Bela e muito amada

Mas seguiu seu tempo
Reuniões, negócios, lucros
Esqueceu de lado o afeto

Afetado pelo corre-corre
Dava carinho como se trocado
A si próprio colocava de lado

Mas era exemplo, era capa,
Referência, respeito e reportagens
Pena ter se esquecido de viver

Com seu impecável terno Armani
Infartou sem poder levar nada
E se foi, batendo asinhas de grife...

4 comentários:

  1. muito bom... anda afiado nas advertencias...
    e nosso in-ternado só poderia morrer mesmo de algum mal do coração já que a este não deu muita atenção!
    beeeeeijo!

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  2. Ele até deu, Aline, mas de forma desatenta. Era alguém que amava, mas que tornara escravo do "way of life" tão exigido. A linha do meio, o bom senso, às vezes é difícil e tem vezes que não é possível. Este "way of life" é, muitas vezes, uma fuga. Mais fuga que realização. A realização é sempre ótima. Saber onde parar é a questão.
    Beijo, poeta inquieta.

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  3. suas advertências tornam advertências incrivelmente prazerosas de serem ouvidas (lidas, no caso).
    e olha que elas não possuem essa qualidade muito frequentemente né? rs
    ótimo Ivan!
    abraços

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  4. Lindo isso! Lindo!! É...Quantas pessoas passam pela vida deixando a vida ir embora.Quantos não sabem apreciar o que o dinheiro pode lhes proporcionar...Quantos!!!!Pena! Grande pena!

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