terça-feira, 6 de abril de 2010

Tomando satisfação

Tenho dirigido perigosamente
por estradas tortuosas
com meu carro "conversável".

Tenho passado propositalmente
perto demasiado das margens
que remetem aos maiores precipícios.

É um desafio à vida,
um chacoalhão,
uma tomada de satisfação

de quem quer, da vida, uma posição,
uma opinião,
uma melhor sinalização,

uma direção a seguir,
guarda-corpos mais seguros,
estradas mais bem cuidadas,

caminhos mais agradáveis,
destinos mais definidos.
A vida se mantém calada,

não responde a nada.
Parece que está em standby!
Questiono-me até se viva a vida é.

3 comentários:

  1. adorei... acho que muitas vezes provocamos a vida como criança e ela se cala quase como que de pura pirraça...mas quem sabe se sairmos da beira do precipício ela se derrete e resolve se abrir...a vida é assim tinhosa!!!... como nós mesmos...
    Beijo poeta!!!

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  2. É bem psicanalítico isso que você disse, Aline. É como que "testar a vida", a efetividade da vida, tentando entender, como uma criança também tenta entender o mundo.

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  3. Ivan, amei o carro conversável, com ele os passeios, certamente, rasgam o insólito, o espaço em branco e aí, te lemos!!!

    Um beijo amigo e carinhoso.

    Carmen Silvia Presotto

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