E da beira da piscina
Contemplou o casal a nadar
Em conjunto
Água espirrando
Pernas e braços (de)batendo
Tudo junto
Faltava compasso
O ritmo atravessado atravessava
Tudo afundava
Da beira da piscina
Observava que não era nadar
Mas ia fazer nada
E o nadar sem nado
Afundou até o fundo desoxigenado
E o silêncio pairou
Impávida levantou-se
Saiu da beira da piscina para fora
Apoderou-se do alheio
Voltou para casa
De mão cheia de coisa adquirida
Por mera indiferença
Contemplou o casal a nadar
Em conjunto
Água espirrando
Pernas e braços (de)batendo
Tudo junto
Faltava compasso
O ritmo atravessado atravessava
Tudo afundava
Da beira da piscina
Observava que não era nadar
Mas ia fazer nada
E o nadar sem nado
Afundou até o fundo desoxigenado
E o silêncio pairou
Impávida levantou-se
Saiu da beira da piscina para fora
Apoderou-se do alheio
Voltou para casa
De mão cheia de coisa adquirida
Por mera indiferença
"de mão cheia de coisa adquirida/ por mera indiferença" hummm, isso é tão intrigante...adquirir sem se empenhar (pelo menos não, assim, explicitamente? conscientemente?).
ResponderExcluirFascinante! Adorei.
ResponderExcluirGê,
ResponderExcluirÉ para ser intrigante, acontece no dia-a-dia com maior frequência do que deveria ou do que gostaríamos.
É a indiferença que vai além da mera indiferença (ou não?), pois leva vantagem daquilo ao que dedica a indiferença.
Tentos e tantos exemplos na vida e nos jornais todos os dias. Uma pena, mas é assim, e acho que é, sim, explicitamente e conscientemente, sim, muitas vezes.
Beijo.
Rê,
Obrigado pela leitura e pelas palavras.
Beijos pras duas.
Tudo ficou muito bom, mas a última estrofe me chamou muito a atenção
ResponderExcluir''Voltou para casa
De mão cheia de coisa adquirida
Por mera indiferença''
Talvez seja pelo imenso teor reflexivo que ela me causou