sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Cinemateca

Então eu criei filmes mudos
Com diálogos estranhos


          [E tudo se passou
           na (des)continuidade]

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Salvação

A salvação não veio
Mandaram mensageiros de todos os cantos do mundo
Luzes de diversas matizes
Energias mil
Rezas e orações profundas
Mas nenhuma salvação chegou
Mãos na testa, gritos
Orações introspectivas
Projeção de energia pelas mãos
Mas nenhuma salvação veio
É a eterna promessa que não se cumpre
Mas enche bolsos

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Nado sincrozinado

A superficialidade extrema me choca profundamente. Já o excesso de profundidade e densidade me fazem querer ir à superfície tomar ar, respirar para sobreviver. Viver tem que ser como um nado, senão nada.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Beija a flor

Ainda, algum dia,
Vou conseguir
Fotografar um beija-flor.

Ainda, algum dia,
Vou conseguir
Beijar uma flor.


          ... É tudo tão rápido
              Tão efêmero
              Tão beija-flor...

Fio

Tudo na vida tem um lado positivo, dizem por aí, mas às vezes é o positivo de um fio desencapado. Dá choque, até mata!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

(Des) crenças

Em meio aos mais profundos mergulhos nas minhas (des)crenças, às vezes penso que a forma mais pacífica de eternidade seja a da inexistência.

Eu

Eu me disfarço tão bem de mim mesmo que normalmente as pessoas nem notam que nem eu sei bem quem sou, onde estou ou pra onde vou, enquanto sigo sendo eu e não eu.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Casulo

Deixe voar
As borboletas que tens
Dentro de ti
Deixe voar
Encontrar o néctar
Que lhes dá vida
Que lhes dá razão
De ser
De querer
De serem borboletas
Coloridas e livres
Lindas como tu

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Relativismo absoluto

A sensação da passagem do tempo é relativa, mas seus efeitos são absolutos!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Suave espera

Em meio à suave espera, o ácido
Entre as aves esparsas, o árduo
Voos esperados, rotas feitas
Tons rastejados, notas feias

Ah... notas feias não há!
As aves, suaves, fazem harmonias
E, se harmônicas, belas.
Use quaisquer notas, só saiba juntá-las

Assim, um dizer nunca deve ser vulgar
Deve carregar o requinte do simples
Educação, boa emoção, sinceridade
Tato na abordagem do fato

E a suave esparsa espera segue
Enquanto espero seguindo
Enquanto, em repouso, caminho
Pois o pensamento vai adiante  s e m p r e


          São Paulo, SP
          29/11/2010 (12:53h)