quarta-feira, 27 de julho de 2011

Horizonte

E do oco, grito rouco, pairou um nada.
Ondas imensas, nadei contra a maré:
Caldo, jacaré, tombo, areia na boca em vida;
Tipo estranho de lida.

E no vazio reinante, eu mutante.
Metas rôtas, metamorfoses tantas:
Vírgulas, dois pontos, reticências, ponto não;
Tipo estranho de exclamação!

E no horizonte, sol se põe a oeste,
E do lado leste, promessa de um amanhã que reste.
Pra lá fico olhando em teste
Esperando o sol reaparecer, preencher...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Sofisma

Numa vida feita de sofismas, pobre criatura, sempre teve dificuldade de encontrar suas próprias verdades.

sábado, 16 de julho de 2011

Buraco negro

Há gente que quanto mais se enche de palavras, quanto mais fala, quanto mais conteúdo quer ostentar, mais vazia se mostra.

Coração

Acalma-te, mas bate.
A sofreguidão é tua essência,
Acalma-te dentro do possível,
Mas bate, bate bem,
Lembra-me, suave, do meu bem
Distante, errante, mutante...
Bate com passo firme,
Compasso segue fazendo possível
Viver, sentir, amar, andar
Ah, maltratado coração.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Do que cheira mal

Há quem consiga ver o podre, cheirar o podre e não se incomodar. Normalmente estes mergulham no podre e podres se tornam, disseminando sua futilidade sem nem sequer notar que são, por si só, uma necrose.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

C(o)umprimento

Para que a vida se cumpra será preciso que ela seja comprida? Pairam dúvidas ao redor das cabeças que nisso pensam!