segunda-feira, 31 de agosto de 2015

In natura

Das rosas o que primeiro cai são as pétalas. Os espinhos permanecem e até se fortalecem com a secura que advém. Será sinal de que é preciso defesa nesse mundo de poucas rosas?!!

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O TAL

Fotografia: Ivan Bueno
Às vezes o amor emburra,
Às vezes emburrece.
Às vezes acalenta,
Às vezes enfurece.

O amor é aquilo que bate
Junto com o coração,
Sem sê-lo e sem selo
De qualidade ou de garantia.

Amor é um não sei quê
Que não é paixão, mas pode contê-la.
Perigoso é confundir-se com ela.
Mingua-se à morte.

Amor é uma busca,
Uma realização não simples.
É necessária,
Patética, bela, quase otária.

Às vezes o amor clareia,
Às vezes escurece.
Às vezes acalenta,
Às vezes enfurece, amor.

Quando o amor emburra,
Vai sem olhar pra trás.
Bate a porta e sai.
Quando emburra, emburrece.

Ai, amor, ama, amor.
Ama e não emburra,
Que de emburrar se destrói,
Mas isso é pedir demais, amor.