O autor

Ser inquieto, intenso nas coisas que vive e nas inúmeras que deixa de viver. Intenso até quando fica intensamente sem intensidade!

"Sou busca constante,
interrogação latente, heresia consequente."
I.Bueno

Eis, então, que a Psicanálise vem tentando desvendar o misterio do autor, misterioso escrevedor. Compêndios e mais compêndios vêm sendo desenvolvidos em vão.
Freud se contorce em seu túmulo, Klein se inquieta no além do qual ela mesma duvida, Winnicott não crê em tamanha meninice, Bion se abstêm e Jung, embora desertor, se mete, enquanto Lacan se acha possuidor da verdade.

Segue adiante, o autor, independentemente de tudo, ainda que sem definição definitiva ou conclusiva, tentando se encontrar de formas conscientes, cartesianas, e também de forma abstrata, inconsciente e, talvez, até energética, à moda de Wilhelm Reich. Às vezes se fecha, como que dentro de uma caixa orgônica, recarrega as baterias e volta à tona a questionar. O que não se conclui é sempre passível de evolução e não se engessa. Nada está plenamente formado, jamais.