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Imagem: Pixabay |
Nenhum extremo me agrada,
pois todo extremo agrava
a diferença entre os iguais,
o distanciamento dos próximos,
atos de hostilidade brutal
entre os ditos civilizados.
Nenhum extremo me agrada,
pois agride e desqualifica
o que pensa diferente,
o humano do ser,
que deve ser humano,
pois fomenta, então, o ódio,
pois fomenta, então, o ódio,
onde deveríamos semear amor,
pois o extremo aplaude a guerra,
gera a guerra entre pessoas,
gera a guerra entre pessoas,
inventa a guerra, toma um lado torto,
como torta é toda guerra,
numa Terra onde deveria reinar a paz,
pois os extremos são contra
o meio de onde vim,
o meio de onde vim,
o equilíbrio, a ideia de que,
em meio a um universo infinito,
em meio a um universo infinito,
tudo que há deve tender ao centro
e não ao fomento de um movimento
pendular, um tormento.
Pois nenhum extremo me agrada,
se extremo se acha detentor da verdade,
da razão, da autoridade, e quanto ao outro,
o pinta de mentira, numa realidade
de falso e verdadeiro constante,
de falso e verdadeiro constante,
como se só houvessem anjos e demônios
onde os meios termos somos nós,
meio deuses, maio satãs,
meio deuses, maio satãs,
totalmente humanos, é o que deveríamos ser.
Pois o pêndulo pende,
o pêndulo tende
a beirar a extremidade,
independente da idade,
desde que posto em movimento.
É preciso parar e pensar
como meio de encontrar
não os limites da imbecilidade,
mas as vastidões do que há
entre as ideias opostas.
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