Deixo barato se não conseguires alcançar meu nariz.
Caso o alcance, que saibas correr rápido!
Vou ao teu encalço a te fazer provar tuas inocências
Em meio a tantas demências.
Aponta-me o dedo acusativo,
Pois acusar é sempre mais fácil que admitir falhas;
E que não encostes em meu nariz,
Pois assoarei sem dó toda a sujeira que apontas
E reconhecerás tanta semelhança!
Olha para mim, como a um espelho.
Os seres humanos são tão irrisórios no existir,
Tão diferentes, mas também tão iguais e previsíveis...
Vá, aponta-me o dedo acusativo,
E ele te será decepado junto ao pescoço, um dia.
Escrito em: 22/04/2008 (22:13h)
Adorei!!! Superrrrrrrrr Escorpiano!!rsrsrsrs...
ResponderExcluirSerio adoro ler textos com tanta força...me revoltam...me libertam...
Eu sou suspeito, mas eu adoro este poema e adorei a figura que encontrei pra ilustrá-lo. Como você deve ter visto nos marcadores, eu o classifico como: poema, ironia/heresia e advertência. Acho que posso acrescentar "homenagem", ainda que às avessas.
ResponderExcluirBeijo grande.