Li agora há pouco no blog da Fernanda: "Acredito nas escolhas pessoais, intransferíveis e conscientes." Eu acho também que fazemos escolhas pessoais e intransferíveis, mas conscientes? Não creio! Nosso id (ou inconsciente) é o que nos domina na esmagadora maioria das vezes. E não é exagero dizer esmagadora, pois é esmagadora, mesmo. Até mesmo nossas decisões mais conscientes e mais pensadas e refletidas saem, sem que o saibamos, ou sabendo em teoria, do nosso temido e inevitável id ao qual somos escravos. Escravos como o escravo de Michelangello, alto, forte, potente e imobilizado por tênues fios, prisioneiro de fios que ele, em teoria, poderia arrebentar com um simples movimento mais brusco e sem tanta força.
Ouvi dizer que fazem exatamente isto com os elefantes no circo. Eles ficam, ainda segundo o que li, presos por uma pata a um toquinho de madeira fincado no picadeiro.
Há neles força suficiente para arrancar aquele toquinho, arrebentar aquela corrente e sair. E por que o elefante não sai? Porque ele foi amarrado ao toquinho quando era ele também um toquinho de elefante. Se esforçou, tentou, se estafou e não conseguiu. O toquinho era intransponível para o elefantinho. E agora, o elefantão? O toquinho "cresceu" junto com ele dentro da cabeça dele, no id, e ele continua prisioneiro.
Nossas maiores clausuras são assim: toquinhos ou fios tênues que nos são impostos em tenra idade. Daí, depois de adultos, pouco adianta lutar. Mesmo descobrindo que os fios são tênues, que o toquinho se solta com um simples movimento, continuamos presos e presas. Não saberíamos fugir, nem por que fugir, nem pra onde fugir, nem o que fazer. No fundo somos todos prisioneiros em fios tênues do nosso id, por mais ultrapassado que esteja o termo.
Nossa consciência é fraca. Quem manda, quem comanda, quem domina, dita as regras e escraviza é nosso inconsciente. Análise ajuda, mas demora. To na fila de espera!
Há neles força suficiente para arrancar aquele toquinho, arrebentar aquela corrente e sair. E por que o elefante não sai? Porque ele foi amarrado ao toquinho quando era ele também um toquinho de elefante. Se esforçou, tentou, se estafou e não conseguiu. O toquinho era intransponível para o elefantinho. E agora, o elefantão? O toquinho "cresceu" junto com ele dentro da cabeça dele, no id, e ele continua prisioneiro.
Nossas maiores clausuras são assim: toquinhos ou fios tênues que nos são impostos em tenra idade. Daí, depois de adultos, pouco adianta lutar. Mesmo descobrindo que os fios são tênues, que o toquinho se solta com um simples movimento, continuamos presos e presas. Não saberíamos fugir, nem por que fugir, nem pra onde fugir, nem o que fazer. No fundo somos todos prisioneiros em fios tênues do nosso id, por mais ultrapassado que esteja o termo.
Nossa consciência é fraca. Quem manda, quem comanda, quem domina, dita as regras e escraviza é nosso inconsciente. Análise ajuda, mas demora. To na fila de espera!
putaquepariu, ivan!
ResponderExcluirGê, esse seu comentário foi absolutamente inconclusivo. Explica melhor?
ResponderExcluirPutaquepariu, Ivan! é aprovação, choque, repúdio, concordância, discordância, aterração, é o que?
Mispinicapreu, Gê? Olhe de um jeito maior, sabe?
seguinte. esse texto foi uma porrada, entende? e eu fiquei com as suas imagens dias, dias na cabeça. principalmente a do elefante e seu toquinho. a gente se engana muito no crédito que dá à consciência, digo a gente porque o sistema cultural diz isso a todo momento, simplifica a existência afirmando que a consciência não só é um bem maior, como é ela quem melhor nos aconselha... quer saber, é como se só houvesse consciência. e isso é uma fonte inesgotável e eficaz de sofrimento, acrediar piamente tão somente na consciência. eu demoro dias pra absorver um texto, meses pra apreciar e compreender um cd, por isso, na hora só saiu: putaquepariu. beijo.
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