Há dias em que a mente, mais habitada por pensamentos criativos, faz os dedos se moverem em processo criativo. Noutros dias, somos como moscas mortas a ressecar seu exoesqueleto ao vento, ao sol. Há dias em que a cabeça gira, e é como que em uma roda gigante rodeada de belas paisagens, como aquela às margens do Tâmisa. Há dias em que a cabeça gira, e é como que em um tufão, desordenado em meio ao ordenado caos que rege tudo.
Hoje acordei de um pesadelo enorme! Fui para as ditas abluções (palavre estranha, esta) como quem tinha sido salvo de uma vida paralela, uma ida paralela. Personagens conhecidos e desconhecidos neste sonho/pesadelo. Tudo louco, como devia estar a minha loucura. No café da manhã, meu rosto, meu semblante, transparecia o choque de quem acaba de sair do meio de uma tragédia imensa, mas também ainda sem entender bem. Será que algum dia nos entendemos, mesmo?
Os sonhos, "A Interpretação dos Sonhos"... Ah, Freud, muitos tentam te atacar por tanto se atracarem em si. Não és o dono da verdade, mas gosto de mergulhar nas parcas psicanálises que sei. Gosto de me buscar em meio a estes furacões. Às vezes vejo alguma luz na interpretação, às vezes não.
Agora só me lembro da sensação, mas não mais do que ocorria. É estranho, isto. É olhar pra dentro de si mesmo, é criar, ver a si próprio com os próprios olhos internos e não compreender. É você falando pra si mesmo algo a ser compreendido, e não compreendendo aquela mensagem do id, o nome chique do inconsciente. É estranho "saber sem saber que sabe", e estamos todos no mesmo barco, ainda que sejamos, também, barcos individuais num imenso mar de igualdades... nem sempre justas, diga-se.
Isto é a vida! Não me acostumo fácil. Sou birrento!
Escrito em: 18/02/2009 (00:10h)
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