Eu tenho uma amante chamada Loretha, que é linda, deliciosa de ser tocada, é grande, soa bem, sabe se expressar quando eu a toco, sabe corresponder, é quase a amente perfeita. Loretha é minha amada, idolatrada, salve salve bateria. Ela não é simplesmente uma bateria, ela é A Bateria. E se o B.B.King pode ter uma guitarra com nome de Lucille, eu posso ter uma bateria com o nome de Loretha. Aí estamos nós em ação em um show na antiga Kashmir, com minha antiga banda.
Ah, quantos momentos de prazer já tive e tenho com a Loretha. Devo confessar que é uma relação meio sado-masoquista: sádica da minha parte, masoquista da parte dela... É lindo! Eu bato, ela reage positivamente, aí eu entro em delírio. É um amor que perdura desde 1996, quando ela entrou na minha vida. Já foi ouvida nas rádios por aqui. É a relação não sexal mais bem sucedida que já ouvi dizer por essas bandas... Talvez exatamente por não ser sexual. A cumplicidade é enorme. Tive outras antes dela, mas nenhuma das anteriores era tão fenomenal, embora renda aqui minha homenagem a elas (foram duas), pois foi nelas que aprimorei o toque. Não saberia fazer a Loretha soar tão orgasticamente não fossem as anteriores. Ainda assim, as anteriores são, simplesmente, as anteriores e a Loretha é a Loretha, amada Loretha.
Loretha é meu refúgio em momentos de ansiedade, mas também é meu refúgio em momentos de alegria e não há momento em que eu olhe pra ela e não me dê vontade de tocar. O único problema de uma bateria de verdade (pois bateria eletrônica não é bateria de verdade) é não ter volume, e os seres humanos, de forma geral, não tem a sabedoria e o tino musical para compreender o som de uma bateria.
Comecei tocando Beatles com vizinhos quando tinha 17 anos. Tocávamos só Beatles e só depois de muito tempo é que começamos a agregar novos repertórios do rock, da MPB, do jazz.
Meus refúgios prediletos são a música, a escrita e a fotografia. Preciso desses refúgios, sobrevivo graças a eles, respiro melhor, atenuo a angústia quase que inerente ao existir, ao menos ao meu. Nada como me sentar diante da Loretha, empunhar as baquetas e começar a tocar "sem rumo", terminando em um solo enfurecidamente controlado e ritmico. Não sei se mais alguém gosta, mas eu adoro!
She loves me, yeah yeah yeah... She loves me, yeah yeah yeah... She loves me, yeah yeah yeah yeaaahhhh...
Ah, quantos momentos de prazer já tive e tenho com a Loretha. Devo confessar que é uma relação meio sado-masoquista: sádica da minha parte, masoquista da parte dela... É lindo! Eu bato, ela reage positivamente, aí eu entro em delírio. É um amor que perdura desde 1996, quando ela entrou na minha vida. Já foi ouvida nas rádios por aqui. É a relação não sexal mais bem sucedida que já ouvi dizer por essas bandas... Talvez exatamente por não ser sexual. A cumplicidade é enorme. Tive outras antes dela, mas nenhuma das anteriores era tão fenomenal, embora renda aqui minha homenagem a elas (foram duas), pois foi nelas que aprimorei o toque. Não saberia fazer a Loretha soar tão orgasticamente não fossem as anteriores. Ainda assim, as anteriores são, simplesmente, as anteriores e a Loretha é a Loretha, amada Loretha.
Loretha é meu refúgio em momentos de ansiedade, mas também é meu refúgio em momentos de alegria e não há momento em que eu olhe pra ela e não me dê vontade de tocar. O único problema de uma bateria de verdade (pois bateria eletrônica não é bateria de verdade) é não ter volume, e os seres humanos, de forma geral, não tem a sabedoria e o tino musical para compreender o som de uma bateria.
Comecei tocando Beatles com vizinhos quando tinha 17 anos. Tocávamos só Beatles e só depois de muito tempo é que começamos a agregar novos repertórios do rock, da MPB, do jazz.
Meus refúgios prediletos são a música, a escrita e a fotografia. Preciso desses refúgios, sobrevivo graças a eles, respiro melhor, atenuo a angústia quase que inerente ao existir, ao menos ao meu. Nada como me sentar diante da Loretha, empunhar as baquetas e começar a tocar "sem rumo", terminando em um solo enfurecidamente controlado e ritmico. Não sei se mais alguém gosta, mas eu adoro!
She loves me, yeah yeah yeah... She loves me, yeah yeah yeah... She loves me, yeah yeah yeah yeaaahhhh...
Ivan, que linda é a Loretha! E pelo que dá pra ver da sua expressão (o ponto branco em meio a ela..rs), essa relação é mesmo prazerosa.
ResponderExcluirbeijo
Não é lindona, Andrea? E a relação é puro prazer. (rs...)
ResponderExcluirBeijo grande.
"Eu tenho uma amante chamada Loretha, que é linda, deliciosa de ser tocada, é grande, soa bem, sabe se expressar quando eu a toco, sabe corresponder, é quase a amente perfeita."
ResponderExcluirQue linda relação, Ivan! É tão difícil conseguir alguém que responda ao nosso carinho e dedicação da forma que a Loretha corresponde ao seu. Só discordo quando você a descreve como uma "amante quase perfeita". Amante é aquele que ama e diante do amor exposto aqui e pela performance de vocês juntos (que pude presenciar em seu quarto [oui, j'ai été une "voyeur"])vocês são sim amantes perfeitos.
Beijos em ti e nela. ;)
Luana, atenha-se à ironia e, em especial, à palavra QUASE. (rs...)
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