Meu sobrinho devia ter uns 3 ou 4 anos de idade e já estava na escola, "estudando". Meu cunhado foi buscá-lo no fim do dia, colocou-o no banco de trás e ia pra casa. Meu sobrinho estava estranhamante calado e pensativo. Ele era um tagarelazinho extremamente inteligente, mas naquele dia estava pensativo. Meu cunhado olhava pelo retrovisor, enquanto dirigia pela Marginal, e via só aquela carinha de pensativo. Foi um bom trecho até que meu sobrinho, ainda com ar reflexivo e sério, rompeu o silêncio e disse:
- Sabe, pai? Meu "piu" às vezes tem osso, às vezes não tem osso!
Meu cunhado, claro, praticamente (ou literalmente, não sei) teve que encostar o carro para rir, mas rir muito. O pior é que a reflexão do meu sobrinho era séria, e ele detestava que ríssemos de alguma coisa que ele dissesse. Mas as crianças, nessa descoberta do mundo, dizem coisas divertidíssimas. Essa entrou pra história.
Atualmente ele tem 18 anos e já sabe bem administrar esse osso-não-osso. A história é motivo de risos até hoje, 14 anos depois, e ainda será por muito tempo.
Aquela carinha pensativa não só pensava como investigava de forma tátil a ocorrência surpreendente de um osso que ora aparecia, ora desaparecia. A gente aprende mais com as crianças do que ensina. É ilusão achar que é o contrário.
Atualmente ele tem 18 anos e já sabe bem administrar esse osso-não-osso. A história é motivo de risos até hoje, 14 anos depois, e ainda será por muito tempo.
Aquela carinha pensativa não só pensava como investigava de forma tátil a ocorrência surpreendente de um osso que ora aparecia, ora desaparecia. A gente aprende mais com as crianças do que ensina. É ilusão achar que é o contrário.
Ivan! Esqueci de te dizer que o Bob adorou os acepipes que trouxemos..Ele agradeceu daquele jeito todo pitoresco dele!! Rendeu, heim!! Além do jantar maravilhoso que desfrutamos, ainda fizemos uma alma feliz! Beijos!!
ResponderExcluirEu estava por te perguntar se ele tinha gostado, mas mais era pra confirmar se você tinha dado os "acepipes" (foi você quem falou isso!) pra ele. Ração é horrível. Eu já experimentei! (rs...)
ResponderExcluirAh, você se lembrou dos salsichões por causa da história acima? Ah, desculpe! São "acepipes". (kkk...)
Como ignorava o termo, fui ao dicionário. Falar com letrados tão bem letrados às vezes nos exige esforço extre. Lá vai:
ResponderExcluir(a.ce.pi.pe)
1 Tipo delicado de alimento, em pequenas porções servidas como aperitivo.
sm.
2 Designação geral de qualquer alimento apetitoso, preparado com capricho; IGUARIA; PETISCO; PITÉU; QUITUTE
[F.: Do ár. az-zebib]
É uma observação plausível, não é?
ResponderExcluirE como todo conhecimento, torna-se útil a partir do momento em que aprende-se à administra-lo.
rs...
Ótima história.
ADORRRRRRRRRREI!
ResponderExcluirtem osso, não tem osso, tem osso, não tem osso... genial! quem domina essa gangorra, heim? que delícias...
Gê, o osso é meio que autônomo. Na verdade não é autônomo, mas lendo esta postagem e a do nariz, você vai ver que o osso-não-osso tem a ver com as subjetividades do nariz.
ResponderExcluirivan, vc tem razão. nariz e piu têm tudo a ver. mas, vc deve concordar, que tem gente que administra melhor o osso-não osso-osso-não osso depois que o nariz deu sinal verde pro piu, né?
ResponderExcluirivan, dá uma passada lá no bicho e verifique se as postagens de ontem, terça, estão aparecendo. tô desconfiada... depois me avisa, tá? beijo
ResponderExcluirah, agora tá na moda falar acepipes, né? como se fosse coisa muito chique e muito diferente e muito sofisticada, né? kkkkkkk e pior, já me aconteceu de eu falar petiscos e a pessoa dizer que prefere acepipes! ai, meus sais aromáticos!
Estão aparecendo e até já postei "post-postagem" da Aline Morais (agora somos globais! rs...).
ResponderExcluirQuanto a acepipes, foi a primeira vez que ouvi (na verdade li) o termo. É bonitinho e totalmente novo para emissão de qualquer juízo de valor, ainda que linguístico.
Nunca servi acepipes a ninguém que foi à minha casa. Siro tira-gostos ou petiscos ou, em situações extremas, nada! (rs...) Não por má vontade, mas pela falta de tudo ou até mesmo de qualquer coisa. Mas o importante é que se alguém me visitou e entrou, as portas estavam abertas, como gosto.
Quando não se tem muita coisa ou nada, um cafezinho faz as vezes, não faz? O meu é amargo, forte, com pouco açucar. Bom pros bêbados, embora nunca tenham aparecido.
Agora respondendo à postagem anterior, onde a Gê diz:
ResponderExcluir"...nariz e piu têm tudo a ver. mas, vc deve concordar, que tem gente que administra melhor o osso-não osso-osso-não osso depois que o nariz deu sinal verde pro piu, né?"
Vai minha teoria empírica e vernacular:
Nariz e "piu" tem tudo a ver, sim. Esse nariz metafórico do qual falei em "Subjetividades do Nariz", onde o nariz representa o próprio, mas também toda nossa psique e sei lá mais o que. O que?