Nos riscos do amor, um deles
é exatamente o de dar certo,
e é exatamente por este risco
que devemos correr todos os demais.
A inércia é protetora dos covardes,
e já fui um em muitas ocasiões.
Mas a covardia e a inércia
trazem a "segurança" da certeza,
só que é a certeza
de nada a dar errado
é também de nada a dar certo,
pois nada tentado, nada vivido.
Este é, sim, o grande risco
a não correr: o não viver, o não amar.
Nem a tentação, tão boa, é tentada,
nem arriscada em meio à inércia.
Não correr riscos é mesmo não viver
E sucumbir ao poder da inércia, que mata.
Os riscos do amor são todos perigosos,
de perigo íntimo,
de se expor,
e não há como amar sem se expor,
sem ser ao menos um pouquinho ridículo,
divertidamente ridículo,
de conseguir rir de coisas bobas,
de se divertir com o pouco
e descobrir que o pouco é muito.
É preciso correr esses riscos
de julgamento, de rejeição,
mas de amor e aceitação, tesão.
É preciso superar os traumas anteriores,
jogá-los numa latinha de lixo
ou num arquivo morto qualquer.
É preciso ter esse arquivo,
estudá-lo e superá-lo.
Só assim se vive de verdade,
ao menos se tenta, tentado,
o dito atentado ao pudor.
Tentar, tentado, tentador...
amar é tentar, amar é ser tentado,
é não ter medo do risco de dar certo,
e às vezes nos acostumamos
tanto ao dar errado
que o dar certo assusta.
Não! Atentados ao tentar são boicotes à vida
e nos riscos do amor, mesmo,
um deles é o de dar certo,
e é exatamente por este risco
que devemos correr todos os demais,
sem pudor, sem medo da dor,
rumo ao prazer
e sem vergonha alguma.
é exatamente o de dar certo,
e é exatamente por este risco
que devemos correr todos os demais.
A inércia é protetora dos covardes,
e já fui um em muitas ocasiões.
Mas a covardia e a inércia
trazem a "segurança" da certeza,
só que é a certeza
de nada a dar errado
é também de nada a dar certo,
pois nada tentado, nada vivido.
Este é, sim, o grande risco
a não correr: o não viver, o não amar.
Nem a tentação, tão boa, é tentada,
nem arriscada em meio à inércia.
Não correr riscos é mesmo não viver
E sucumbir ao poder da inércia, que mata.
Os riscos do amor são todos perigosos,
de perigo íntimo,
de se expor,
e não há como amar sem se expor,
sem ser ao menos um pouquinho ridículo,
divertidamente ridículo,
de conseguir rir de coisas bobas,
de se divertir com o pouco
e descobrir que o pouco é muito.
É preciso correr esses riscos
de julgamento, de rejeição,
mas de amor e aceitação, tesão.
É preciso superar os traumas anteriores,
jogá-los numa latinha de lixo
ou num arquivo morto qualquer.
É preciso ter esse arquivo,
estudá-lo e superá-lo.
Só assim se vive de verdade,
ao menos se tenta, tentado,
o dito atentado ao pudor.
Tentar, tentado, tentador...
amar é tentar, amar é ser tentado,
é não ter medo do risco de dar certo,
e às vezes nos acostumamos
tanto ao dar errado
que o dar certo assusta.
Não! Atentados ao tentar são boicotes à vida
e nos riscos do amor, mesmo,
um deles é o de dar certo,
e é exatamente por este risco
que devemos correr todos os demais,
sem pudor, sem medo da dor,
rumo ao prazer
e sem vergonha alguma.
Obaaaaaaa peguei esse quentinho..rsrss...postou na hora que entrei...
ResponderExcluirAliás, adorei a idéia do fogo ao falar de amor e dos nossos medos..até porque é entrega é força e é chama (portanto não eterno bem lembra Vinícius de Morais)...
É preciso mesmo muita coragem para uma entrega tão profunda, pq é certo que mesmo tudo "dando certo" a dor será inevitável, pq o amor é latente e nos devora, muda nossa vida e o sentido dela...
Riscos são assumidos todos os dias com o simples abrir dos olhos, para se viver é preciso coragem e muito humor e se arriscar no amor é o mais deliciosos dos riscos...
E já que estou ouvindo "Chico PERFEITO Buarque" ( vou usar sempre adorei) ..uma música que fala bem sobre os riscos e as delícias do amor........Oooo assunto gostoso...mil poemas mil coisas... fala mais Ivan...rsrss
Beijo!
Você vai me Seguir
Chico Buarque
Você vai me seguir aonde quer que eu vá
Você vai me servir, você vai se curvar
Você vai resistir, mas vai se acostumar
Você vai me agredir, você vai me adorar
Você vai me sorrir, você vai se enfeitar
E vem me seduzir
Me possuir, me infernizar
Você vai me trair, você vem me beijar
Você vai me cegar e eu vou consentir
Você vai conseguir enfim me apunhalar
Você vai me velar, chorar, vai me cobrir
e me ninar
Adorei a reflexão...Tenho a impressão que nunca vou me acostumar com aquelas pessoas que vivem se protegendo, como se fosse melhor o medo da chuva do que sentir as gotas na pele...O interessante em sentir é justamente deixar sentir, e se tiver que doer que doa...Imagina passar a vida sem esta possibilidade? Indica um monte de vazios...
ResponderExcluirMas é só outra reflexão...Para somar, só para somar...
Adorei a reflexão, Shirlei. Tentar se proteger excessivamente leva a gente a não viver. Já fiz isso, mas aprendi. Agora deixo os pingos da chuva baterem na minha pele em gotas grossas a serem saboreadas pelo tato.
ResponderExcluirEssas coisas relativas ao amor são tão complicadas, somos seres cheios de emoções diversificadas. As vezes nem é a gente querer se proteger conscientemente, tudo ocorre de modo incosciente, mas ainda bem que somos "mutantes" e tudo passa... Já estive assim, por um longo período não conseguia me afeiçoar as pessoas. Mas, isso passou e ultimamente os dias tem sido de grande alegria... A "Pessoa" chegou e nem bateu na porta, foi entrando e aos poucos vai ganhando cada vez mais espaço... E viva tudo que juntos possamos viver!
ResponderExcluirA "pessoa" mudou de nick e colocou foto com óculos e cara de intelectual. Adorei! Viva, viva!
ResponderExcluirAcho que o querer se proteger muitas vezes é inconsciente, mesmo. Quando é consciente, é mais fácil de enfrenter, encarar. Quando é inconsciente, a gente precisa estar mais atento aos sutis sinais que o "id" nos dá.
Beijo grandão.